• O vício

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 23/06/2016 12:00

    Na Tribuna de Petrópolis, de domingo próximo passado, a primeira manchete falava sobre o drama de duas meninas viciadas em droga. Vício, seja ele qual for, causa dependência e, dependendo de onde ele esteja atrelado, e do grau da dependência, pode causar grandes malefícios, tanto morais, quanto físicos, podendo, inclusive, levar o viciado ao crime e à morte. Os três maiores vícios estão ligados às drogas, ao álcool e ao jogo. Estatisticamente, o homem é mais propenso a se tornar um viciado. Entretanto o vício, na mulher, costuma provocar um desequilíbrio e uma dependência maior. Tive oportunidade de comprovar isso nas mesas de aposta do cassino de Punta Del Este, no Uruguai, ao testemunhar o desespero de uma jovem mulher, apostando em três mesas de roleta a um só tempo e correndo de uma para outra para conferir o resultado. Nunca vi nada parecido. A mulher, quando perdidamente viciada, ao perder o dinheiro, aposta as jóias, e por último, vende seu corpo. O álcool, por exemplo, tem a propriedade de mudar o comportamento das pessoas, influindo em sua personalidade. Quando eu jogava em um time de futebol amador, o técnico vivia embriagado. Como era uma boa pessoa e conhecedor de futebol, nós jogadores, através de muita conversa conseguíamos evitar que ele bebesse ao ponto de ficar embriagado, antes dos nossos jogos. Porém, quando ele estava bem tocado pela bebida, sempre me elogiava e me escalava como titular. A partir do momento em que ele parou definitivamente de beber, eu passei a ser barrado e jamais escalado como titular.

    O uso da maconha, por exemplo, é um tema polêmico devido aos inúmeros prós e contras.  Por ser uma erva com propriedades de calmante e até anestesiante, em função medicinal ela já está sendo usada. Há uns vinte anos atrás, quando eu frequentava Cabo Frio constantemente, resolvi experimentar um cigarro de maconha para sentir, no corpo, seu efeito e matar minha natural curiosidade. Encomendei um baseado ao meu caseiro. Foi uma experiência maravilhosa, pois em mim o efeito foi tão devastador, que decidi que jamais repetiria a dose.

    Resumindo: o vício, de uma maneira geral, costuma ser maléfico. Evite-o se puder. Entretanto, viciar-se em ler bons livros, é um dos vícios mais saudáveis que conheço e o espírito e a cultura agradecem. 

    Últimas