• O imbróglio da inflação de 2%

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  • 08/01/2018 12:00

    Em outubro, num noticiário de TV, foi feito um paralelo entre a inflação dos últimos 12 meses , em torno de 2% (confirmado) e as mensalidades escolares de cerca de 7% – por certo não considerado nos cálculos.

    Economistas surrealistas se formos comparar com outros casos encontraremos mais aberrações, como nos reajuste dos aposentados, se no último ano o índice foi, em torno, de 4% para aposentados de 2ª classe (setor privado – agora de 0,44%), para os planos de saúde foi de 14,99% – quase o triplo – também não considerados. Uma aberração, mas como tudo é de conchavos, não seria surpresa se, numa próxima investigação, descobrissem falcatruas entre políticos e empresários do setor, talvez, para encobrir outras “despesas”- já que o Congresso tem uma “tropa de choque” para defender os planos de saúde e prejudicar os idosos, que, diante de protestos, parece que serenaram ou estão agindo em surdina. 

    Mas, no Brasil, são sempre dois pesos e duas medidas, uma vez que a lei que regula as seguradoras são totalmente diversificadas. Enquanto um seguro de vida se perde todo o valor pago numa desistência, nos Estados Unidos devolvem um percentual do valor aplicado. Já aqui, enquanto um seguro de veículos dá desconto na renovação quando sem sinistro, na saúde já é o inverso – mesmo que não se recorra a qualquer uso, como foi no meu caso nos primeiros 10 anos, nenhuma vantagem se tem, muito pelo contrário – há alguns anos me corrigiram em 22% contra um índice bem mais baixo da inflação e, perante o juiz, justificaram que tal correção seria pelo plano ser da época da inflação galopante de 1990. Felizmente o juiz teve bom senso e me deu ganho de causa.

    Todos criticam o lado negativo do governo militar mas ninguém ressalta seus critérios positivos. A colunista Miriam Leitão, rebelde arrependida (foi presa por covardia de seu chefe), apontou duas inverdades daquela época: “que só souberam se endividar com o FMI e ter uma inflação descontrolada”. Mentira! As correções eram feitas por um único índice – em todos os segmentos –  como ocorria entre minha pequena empresa e meus variados fornecedores. Já dívidas com o FMI, se as fizeram, foi para obras feitas em 20 anos o que os civis não conseguiram fazer em 30, e hoje, numa situação inversa, quanto se deve internamente! É a mentira transformada em verdade que todos engolem se só quem viveu na época sabe dos detalhes com isenção.

    Vamos ver o quanto vai ser permitido na correção dos planos de saúde já que os diversos aumentos de combustíveis, energia e gás nenhum peso tiveram na inflação (?) nem os planos de saúde, nem as passagens, muito menos o preço do feijão. É a manipulação em marcha para engambelar os trouxas que acreditam.

    jrobertogullino@gmail.com


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