• O drama das famílias que perderam casas e não recebem o aluguel social

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  • 16/01/2017 12:40

    Viver à espera de receber, R$ 500 do aluguel social, tem sido um martírio para as mais de 700 famílias beneficiadas por este programa. O benefício está atrasado, há dois meses, o que deixa famílias inteiras em desespero, sem saber o que fazer. A maioria não tem outra fonte de renda para pagar o aluguel, se não receber o recurso do Governo do Estado e corre o risco de ser despejada. Este é o caso de Bianca Grião de Oliveira, que paga R$ 700 de aluguel e somente alugou a casa na Rua Lopes Trovão, por que ela e o marido estavam trabalhando. Como foram demitidos, no início do mês e o estado não paga o benefício, eles não têm como horar o compromisso. 

    Bianca recebe o aluguel social desde 2013, quando foi retirada do local onde morava na Lopes Trovão pela Defesa Civil que interditou a rua, devido ao deslizamento de terra. Ela conta que ao longo deste período perdeu vários aluguéis sociais que não foram restituídos pelo Governo do Estado. “Como estávamos trabalhando, os meses em que havia atraso, a gente pagava o aluguel e recebia do Estado depois, mas teve alguns meses em que não pagaram nada e também não deram nenhuma explicação. Agora, desempregada, não sei como vamos fazer”, comentou ela. 

    A sua mãe de Bianca, Elizabeth Maria Grião Pinheiro Dutra, 53 anos, mora no Caxambu, numa casa alugada da Igreja Presbiteriana, onde paga R$ 500. O esposo, Eli Pinheiro, 57 anos, depois de ficar seis meses de benefício por causa de problemas cardíacos, há cerca de dois meses foi cortado e teve que voltar a trabalhar. Ela conta que chegou a pagar R$ 910 de aluguel e por isso teve que mudar. “Se não fosse a casa da Igreja, eu não teria como pagar o aluguel e voltaria para a Lopes Trovão, onde minha casa esta em ruína e condenada. Mas, se não tiver jeito, jogo uma lona e vou morar lá novamente, pois não tenho como pagar o aluguel, principalmente se o Estado continuar atrasando o repasse”.

    Vanda Pereira da Silva, 52 anos, já mudou cinco vezes desde que passou a receber o aluguel social em 2013. Ela, assim como outras pessoas entrevistadas, reclamou do preço do aluguel em Petrópolis que é muito alto. “Estamos morando há seis meses no Vicenzo Rivetti e com o constante atraso do Governo do Estado fico sem saber o que vai acontecer”, disse..   

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