• O casamento e suas consequências

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  • 17/06/2016 13:12

    O que buscamos na realização dupla?

    O que podemos partilhar juntos, o que teremos que dividir, somar e multiplicar?

    Tudo, tudo que somos, tudo que usamos, tudo que pensamos, tudo que fizermos brotar desse conjunto em progressão humana e social.

    O tudo ainda será o pouco, pois as dimensões para se pensar num casamento de ideais, de morais e de formas intelectuais serão sem limites e em concordância verbal, intelectual, moral e sentimental.

    Casar requer um chamamento maior entre dois seres, duas origens, duas almas que se propõem a manterem-se unidas, a disciplinarem-se mutuamente, a se abastecerem de minuto a minuto, já sabendo de antemão que as lutas, as divergências virão e poderão tomar âmbitos avantajados, produzindo até a discórdia e a vulnerabilidade de ambos, mas que também comemorarão datas festivas, orações amigas e se tornarão, almas cooperando para o desenvolvimento e a caridade.

    O casar, o unir ideais, sentimentos e objetivos vai além das formalidades, das festas, dos presentes, dos momentos alegres e esbanjadores, vai além de nós, impondo-nos sacrifícios, abnegações e torcendo-nos até que nos amoldemos à nova vida ou até que a ela não consigamos atingir, desfazendo então todo um caminho ultimado nos céus para ressarcimento na Terra.

    Casar é o fato maior na vida de um ser que anseia por uma comunhão de almas, por uma divisão de poderes, por uma recuperação dos seus sentimentos e uma afirmação de suas tendências.

    O casamento, mormente entre jovens, não deve ser visto como um meio de angariar bens ou de proporcionar mansidão e opulência em vidas, mas como uma união de sentimentos sublimes onde as exigências se tornarão maiores, à medida que a extensão de um ritmo de vida se acelera e solicita a ambos.

    O unir-se é forte ascensão a uma proposta, é uma oferta, é uma aceitação nas quais cada um retribuirá ao seu par de acordo com o que receber, mas não esperem receber para dar, senão a doação não será jamais espontânea e sadia, será cobrada, endividada e usurpada.

    Não poderá haver disputas, não poderá haver concessões a serem medidas, mas sim, a benevolência e a complacência diante de uma vida mútua, a ser vivida em sentimentos, em colaboração e em compreensão.

    Nada mais do que uma troca efetiva, sincera e ampla.

    O acordar ao lado de um companheiro será esplêndido desde o momento em que as almas se irmanarem e sentirem-se unidas, diante do desafio da vida.

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