• O Brasil para principiantes

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  • 12/05/2016 12:00

    Portugal já foi, em determinado momento da história, o maior construtor naval. A famosa escola de Sagres, preparava competentes navegadores. “Estamos a precisar de alguns víveres importantes. Portanto, disponha de vinte e uma caravelas e navegues imediatamente para as Índias” – ordenou a Peres Vaz de Caminha, Dom Manuel, então rei de Portugal. Ordem dada, ordem não cumprida devido aos ventos alísios que provocaram um providencial desvio de rota. Afinal, o Brasil urgia ser descoberto para livrar-se dos ladrões espanhóis e holandeses que só apareciam por aqui para nos roubar, já que não tinham o menor desejo de aqui ficar, diante da trabalheira que teriam para colonizar um imenso continente ainda inexplorado. Já, os portugueses, perdidos no imenso oceano e já precisando reabastecer o navio de água potável e gêneros alimentícios, ao avistar, próximo da Páscoa, um monte, seguiram em frente, se deram bem, e foram se bater na terra denominada, posteriormente, de Bahia, devido à sua bela formação geográfica. Diante do imenso tamanho de nosso território, os portugueses logo sentiram a necessidade de mão de obra a baixo custo. Afinal, o continente africano está logo ali em frente, e os carretos passaram a ser feitos com inteiro êxito. A partir daí, passamos a ter a Portugal uma dívida impagável com a criação da mulata, dívida essa que deveria ter começado a ser paga a partir da criação de nossas Escolas de Samba. Entretanto, temos que reconhecer e agradecer eternamente a Portugal, um dos menores países da Europa, não só o fato de nos ter descoberto e colonizado, como de ter nos proporcionado, através de uma venturosa miscigenação, um povo artístico, trabalhador, ordeiro e criativo. A soma de nossos benefícios é tão incalculável que somos obrigados a reconhecer que os Cunha, Temer, Renan, Delcídio e tantos outros políticos que envergonham nossa raça fazem parte da minoria de nosso povo.  

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