• Números da Firjan mostram reflexos da crise na indústria

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  • 09/08/2017 11:45

    Pesquisa divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro mostra que, em meio à grave crise econômica do país e, especialmente, do Estado, as indústrias de Petrópolis estão produzindo menos e utilizando apenas 54% da capacidade instalada, número bem abaixo da média histórica, de 61,5%. Os dados da Sondagem Industrial, do segundo trimestre deste ano, evidenciam piora no nível de atividade industrial e mostram reflexo direto nos empregos: o número de funcionários segue caindo. 

    O saldo do ano, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, é negativo: desde janeiro, levando em conta contratações e demissões e todos os setores econômicos (Indústria, Comércio, Serviços, Administração Pública e Agricultura), a cidade perdeu 993 postos de trabalho, pior resultado dos últimos sete anos, quando foi iniciada a pesquisa. 

    O setor de comércio foi o que mais contribuiu para o resultado negativo, com fechamento de 697 postos de trabalho, seguido da indústria, quer perdeu 553 vagas. Na área industrial, o setor de construção foi que mais influenciou o saldo ruim, com fechamento de 400 postos de trabalho. A indústria de transformação também contribuiu para o resultado, com menos 132 empregos. Segundo informações da Firjan, Petrópolis tem 72,8 mil trabalhadores formais, sendo 17,3 mil somente na indústria. 

    A Sondagem Industrial mostra, ainda, que os empresários seguem insatisfeitos com a situação financeira de suas indústrias. A situação é explicada pelas dificuldades de acesso ao crédito e pelas baixas margens de lucro operacionais. Apesar disso, os dados mostram que as condições financeiras estão melhorando: os números são os mais próximos da estabilidade registrados desde setembro de 2013.

    Para este segundo semestre, eles mostram otimismo. Os empresários acreditam em aumento da demanda por produtos e, consequente, aumento da compra de matéria prima e recuperação da atividade econômica interna e externa. A enorme ociosidade da capacidade instalada, no entanto, ainda deve impedir novos investimentos e contratação de empregados.



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