• Número de homens com diabetes sobe 54% em 11 anos

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  • 09/07/2018 19:22

    O percentual de homens que apresentaram diagnóstico médico de diabetes aumentou 54%, entre os anos de 2006 e 2017. Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Há 11 anos, o percentual de homens que tinham sido diagnosticados com a doença era de 4,6%, agora o índice passou para 7,1%. Apesar de apresentarem percentual mais elevado em 2017, as mulheres (8,1%) tiveram um crescimento de 28,5% no mesmo período. 

    “O diabetes é uma doença crônica que pode ser evitada, desde que hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade física, sejam adotados. O objetivo do Vigitel é monitorar anualmente esses fatores de risco e proteção para doenças crônicas e, com isso, acompanhar indicadores de saúde que dão subsídio à formulação e reformulação de políticas públicas”, declarou Marta Coelho.

    A pesquisa trouxe, também, que o indicador de diabetes aumenta com a idade, principalmente entre idosos com mais de 65 anos (24%) e é maior entre os com menor escolaridade, que frequentaram a escola por até oito anos (14,8%). Já entre as capitais, a frequência do diagnóstico médico de diabetes variou entre 4,5% em Palmas e 8,8% no Rio de Janeiro.

    Quando comparamos os sexos, os homens de Boa Vista (9,0%), Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%), possuem os maiores percentuais, enquanto que os de Palmas (3,7%), Cuiabá (4,2%) e Teresina (4,6%), os menores.

    Entre mulheres, o diagnóstico de diabetes foi mais frequente em Vitória (10,3%), Rio de Janeiro (10,3%) e Recife (8,8%), e menos frequente em Palmas (5,1%), Macapá (5,2%), Florianópolis (5,6%) e São Luís (5,6%). Entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou com óbitos 406.452 pessoas no Brasil.

    De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número cresceu 11,8% no período, saindo de 54.877 mortes para 61.398 no ano de 2016. Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) apontam que a quantidade de internações teve queda de 8,7%: foram 148.384 em 2010 e 135.364, em 2016.

    O diabetes é responsável por complicações, como a doença cardiovascular, a diálise por insuficiência renal crônica e as cirurgias para amputações dos membros inferiores.

    Tratamento do diabetes no SUS – para os que já têm diagnóstico de diabetes, o sistema único de saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica, a atenção integral e gratuita, com ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. Para monitoramento do índice glicêmico, reagentes e seringas estão disponíveis nas unidades de Atenção Básica de Saúde.

    O programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas.

    Incentivo a hábitos saudáveis – O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Uma portaria do Ministério da Saúde proíbe venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do órgão.

    A pasta também adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março de 2017 em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019.

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