• Nu nasci, nu estou

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 20/06/2016 12:05

    “Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; Coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir a diferença. Vivendo um dia de cada vez;

    Desfrutando um momento de cada vez; Aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz; Aceitando, como Ele fez, o mundo pecador tal como é, e não como gostaria que fosse;  Confiando que Deus fará bem todas as coisas se eu me render à Sua vontade; Para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele para sempre na próxima. Amém.” Esta bela oração foi escrita por um homem chamado Reinhold Niebuhr em 1943. As palavras têm um significado especial para aqueles que estão sempre à procura da paz em um momento de turbulência, desespero ou de incerteza em suas vidas. Essa oração se tornou intimamente associada ao alcance da tranqüilidade, oferecendo força e calma para quem busca uma vida mais estável.

    Primeiro, ao proferir estas palavras, estamos reconhecendo a existência de Deus e que Ele é verdadeiramente o único que pode nos trazer a paz interior, independentemente das circunstâncias caóticas ao nosso redor. Sua presença maravilhosa em nossas vidas traz serenidade que não pode ser encontrada em nenhum outro lugar. Até permitirmos que a paz de Deus entre em nossa mente, coração e alma, nunca iremos experimentar da paz definitiva que desafia as circunstâncias mais graves na vida. The Razor's Edge (no Brasil: O Fio da Navalha) é um filme estadunidense de 1946, do gênero drama, dirigido por Edmund Goulding, e com roteiro baseado em romance de William Somerset Maugham de mesmo título. Larry Darrell (Tyrone Power), jovem americano, veterano de Guerra, fica inquieto devido a uma insatisfação interior constante e viaja para a França e, depois, para a Índia, para buscar um significado para sua vida. Lá, encontra-se com um monge que o orienta a buscar a sua tranqüilidade isolando-se em uma choupana no alto de uma montanha. Estando consigo e com a natureza, acaba encontrando o sentido da vida e a serenidade absoluta. Cervantes, em seu “Dom Quixote de la Mancha”, cita um rifão, muitas vezes atribuído a Sancho Pança o escudeiro de Dom Quixote: “nasci nu, nu agora estou, não perco nem ganho”. A mensagem de Cervantes é a de que a felicidade e a serenidade estão muito distantes das posses materiais, porém, a humanidade, de um modo geral, na sua história, condiciona os seus alcances ao sucesso material. A ambição e o poder se entrelaçam e cada vez mais se tornam a causa da perdição da humanidade. Fatos recentes no cenário político nacional são provas disto. Pessoas com poder e dinheiro mais do que o suficiente para viverem sem nenhum problema financeiro, são tomadas pela ambição desenfreada e acabam cometendo ilícitos que os levam “ao fundo do poço” prejudicando, inclusive, os seus familiares. Recentemente, na edição de 08 de junho deste ano, a revista Veja publicou a matéria “A rendição do príncipe”, na qual Marcelo Odebrecht, dono da maior empreiteira do país e há um ano preso em Curitiba, decide revelar seus segredos naquela que é considerada mãe de todas as delações. “Segundo o empresário, a reeleição de Dilma foi financiada com propinas depositadas em contas no exterior….Durante o governo do PT, a Odebrecht multiplicou por seis o seu faturamento, que passou de 17,3 bilhões para 107,7 bilhões de reais. Marcelo sempre encheu o ex-presidente Lula de elogios e cifrões.”… Será que essas pessoas já não tinham o suficiente no seu mundo material? Com certeza, a falta de uma evolução espiritual levou-os a tomar o caminho da ambição, da avareza e da falta de agradecimento, culminando, assim, na doença da infelicidade.

    achugueney@gmail.com

    Últimas