• Novos consumidores conectados e mais conscientes exigem mais do mercado da Moda

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  • 03/07/2016 07:00

    A sociedade vive atualmente um processo de transformação em várias áreas. A moda é uma delas. O desenvolvimento da tecnologia, o surgimento das redes sociais, o crescimento do comércio online, a busca pelo bem-estar individual e coletivo, tem exigido cada vez mais de quem trabalha por trás do setor. O consumidor exige criatividade e vem se deparando com mudanças no próprio comportamento. Para a designer Angélica Coelho, que também é consultora técnica do Senai Cetiqt, é preciso observar essas mudanças e se moldar aos novos consumidores. Isso porque eles estão mais exigentes, mais conscientes e cada dia mais conectados. 

    Na última semana a especialista do setor, abordou diversos temas dentro da atualidade e que precisam ser vistos como oportunidade de negócio, mas também como maneiras de atender ao novo público que se forma. Os assuntos foram abordados durante o evento do Sebrae, chamado Inova Moda, que atraiu cerca de 50 pessoas, entre elas, empresários e estilistas. Uma das dicas da especialista, na ocasião, foi de que o motivo que leva a compra é a peça com uma história a mais. Além disso, as marcas precisam estar atentas aos conceitos de sustentabilidade, o que vem aí pela frente, são consumidores engajados nessa política. 

    Para a entidade, é perceptível em todas as áreas, um estado permanente de inquietação, preocupação e de muitos questionamentos sobre como compramos, produzimos, vendemos e descartamos os bens de consumo. “Muitos são os debates que têm acontecido a nível mundial, em esferas políticas, econômicas e sociais sobre como podemos crescer respeitando os recursos naturais, sem degradar ainda mais a natureza e sem produzir tanto lixo, uma vez que o consumo continua relativamente em alta”, informa o editorial de uma publicação produzida pelo Sebrae, em parceria com o Senai. 

    Para Angélica, estamos nos deparando com um consumidor que cria conteúdo. Por isso, é necessário pensar em momentos de interação com ele. Algumas grifes já enxergaram isso como oportunidade, e colocam espelhos, com hashtags para o cliente tirar foto enquanto experimenta a roupa. Depois, o consumidor pode postar no Instagram e marcar a loja. Ela mostrou ainda lojas que investem em vitrines com grandes painéis que ficam passando fotos do Look Book. Se a tendência pegar, os manequins perderão espaço nos próximos anos. A especialista do Senai pontua que a tendência é de integrar os espaços físico e virtual. 

    Outra característica que mostra uma evolução do mercado da moda é que as marcas trabalham cada vez menos com estações, como inverno ou verão. Durante a palestra em Petrópolis ela destacou que  o consumidor que vem à Rua Teresa, por exemplo, pode estar vindo de uma região onde não faz tanto frio, como no Rio. E ele vai buscar peças diferente do que o petropolitano, por exemplo. “As grandes marcas já não trabalham mais com estações, porque elas são globais, não atendem a um hemisfério apenas”, finalizou.

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