• Novembro Azul: pacientes falam sobre a luta contra o câncer de próstata e a importância do exame

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  • 25/11/2020 11:36

    Conscientizar os homens sobre a importância do acompanhamento médico a partir dos 40 anos ainda é um desafio. É comum os pacientes lidarem com o preconceito em relação aos exames que ajudam a identificar o câncer de próstata em fase inicial, como o toque retal. Movimentos como o Novembro Azul reforçam que o diagnóstico precoce é o principal aliado no combate à doença.

    Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2020. Para identificar em estágio inicial, é fundamental que seja feito o acompanhamento com o urologista. Atualmente existem muitos tratamentos até menos invasivos quando a doença é identificada precocemente.

    Pacientes que enfrentaram o câncer de próstata nos últimos anos aconselham que todos os homens devem procurar o médico, sem ter vergonha de cuidar da própria saúde. Ter essa consciência, segundo eles, é o que traz mais qualidade de vida a longo prazo.

    Este é o caso do aposentado Nilton de Jesus, de 73 anos, que descobriu a doença ao notar um aumento, no exame de sangue chamado PSA, dos antígenos específicos da próstata. Depois disso, ele passou pelo médico urologista e, em seguida, foi encaminhado para o Centro de Terapia Oncológica (CTO), sendo direcionado para as sessões de radioterapia.

    “Fiz 36 sessões de radioterapia com chuva, sol, calor, frio. Então se você descobriu que está com o problema, corra, vá se tratar, deixa o orgulho de lado. Posso dizer que eu estou curado, eu estou bem”, contou.

    Também aposentado, Flavio Oliveira Machado, de 62 anos, diz que fazia o acompanhamento todos os anos e foi em 2016 que se deparou com o diagnóstico do câncer de próstata. “Na hora foi um choque, né? A cabeça da pessoa… Não tinha nada. De repente vai fazer um exame de PSA, faz uma biópsia e descobre, mas graças a Deus tive muita força”, disse.

    Flavio contou que chegou a operar e não precisou fazer o tratamento. Atualmente, ele continua fazendo apenas o acompanhamento no CTO, que é de praxe.

    Quem passou por uma situação parecida foi o comerciante Osvaldo Cardoso, de 70 anos. Ele descobriu que estava com o câncer de próstata, fez o tratamento e também está na fase de acompanhamento. “A gente não deve se entregar, temos que encarar a realidade. Se fugir do problema, o problema toma conta de você. E foi o que eu fiz, encarei o problema e estou aqui com 70 anos e estou bem”, afirma.

    Sobre o diagnóstico

    De acordo com Julio Vieira, médico oncologista do CTO, o rastreamento inicial é feito com o PSA e com o toque retal. A partir disso, se houver alguma alteração, ele explica que podem ser solicitados exames de imagem, como a ultrassonografia e ressonância. Caso seja identificado o nódulo, é feito o pedido de biópsia, realizado através da ultrassonografia transretal da próstata.

    Julio diz que a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que os homens comecem a fazer o rastreamento a partir dos 50 anos. Pacientes do grupo de risco, como afrodescendentes e pessoas com histórico familiar de câncer de próstata, devem fazer o exame a partir dos 45 anos. Porém, ele orienta que o acompanhamento comece aos 45 anos para os homens, em geral; e aos 40, para pacientes de grupos de risco.

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