• Novembro Azul: evento aborda relação entre atividade física e prevenção ao câncer

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  • 26/11/2019 15:33

    Não é novidade que novembro é o mês de conscientização da saúde do homem, principalmente quando se trata de doenças como o câncer. Para encerrar esse período de debates e encontros que têm como objetivo promover e disseminar informações sobre prevenção, a Academia Aeróbica, em parceria com a ONG Frente Nacional de Combate ao Câncer (FNCC), promoverão nesta quarta-feira (27), um evento aberto ao público, que abordará a importância da atividade física na luta contra o câncer. A ação será na sede da ONG, que fica na Rua Monsenhor Bacelar, 569, no Valparaíso, próximo ao Terra Santa, a partir das 17h.

    Na ocasião, uma palestra será ministrada pelo especialista e personal trainer Dr. Estevão Scudese, sobre exercícios físicos e os benefícios que eles promovem, em especial em pacientes que possuem e/ou que já venceram o câncer. Além disso, a autora do Blog Viver eu Quero falará sobre a experiência dela na luta contra a doença, após ser diagnosticada com câncer de mama em 2016, e também sobre a rotina de exercícios que adotou após conhecer Estevão. Ao final do evento, o público também poderá participar de uma aula de zumba com a professora e Dj Maya. 

    No local ainda serão sorteados brindes, como uma pintura a óleo da artista Solange Benevides, um voucher de micropigmentação de sobrancelhas com a designer Linda Feitoza, além de um lanche elaborado pela cerimonialista Alessandra Amaral e pelo fotógrafo Renne Raibolt. Aos interessados em participar do evento, a sugestão de entrada é a doação de um pacote de fralda geriátrica. A ONG FNCC assiste pacientes em tratamento que precisam do material.

     Benefícios da atividade física

    Segundo o especialista Estevão Scudese, o exercício físico atua em três grandes frentes no combate ao câncer: prevenção, tratamento e sobrevivência. “A base para este enorme papel do exercício tem seus fundamentos no fato de que nós, os seres humanos, fomos geneticamente programados para nos movimentar. Portanto, a falta de atividade em conjunto com o excesso de oferta de alimento e energia já é por si só uma situação artificial que gerará consequências metabólicas negativas. Já está bem estabelecido que o sedentarismo é fator de risco para o desenvolvimento da doença. Além disso, dados recentes mostram aumento do risco de desenvolvimento do câncer e aumento da mortalidade após o diagnóstico para pessoas obesas”, ressaltou.

    Ainda segundo ele, quando há indicação médica para a prática do exercício físico é possível perceber um pronto estabelecimento das valências físicas do paciente, o que aumenta as chances de sobrevivência, além de acelerar a recuperação reduzindo as chances de recidiva.

    Para o autônomo Augusto G, de 62 anos, que luta contra um câncer no intestino desde 2013, os exercícios realizados por ele cinco vezes por semana fazem toda diferença. “Eu já fazia atividade física mas depois do diagnóstico a prática que era vista por mim como obrigação, e as vezes até um estorvo, se tornou uma motivação. Sou muito disciplinado e faço com prazer! Os exercícios liberam endorfina e aceleram o metabolismo, o que ajuda muito no tratamento contra o câncer, já que tomamos muitos medicamentos”, explicou. 

    Apesar dos percalços enfrentados devido à doença, ele afirma que nos últimos anos o foco e a visão de vida que possuía mudaram. “Todos nós vamos morrer, e existem inúmeras formas disso ocorrer inclusive de maneiras repentinas. Apesar de ser uma doença complexa o câncer possibilita que mudemos nossa forma de ver a vida, e nos dá a oportunidade de tentar fazer muitas coisas que estávamos adiando, como nos reconciliar com alguém, viajar para lugares que sempre quisemos mas por conta da rotina deixávamos para depois, ler aquele livro que estava na cabeceira há tempos, entre outras coisas. Posso dizer que desde o descobrimento da doença tenho vivido dessa forma”, afirmou.

    Ao longo dos últimos anos, a American Society Of Clinical Oncology, a ASCO, considerado o maior evento de oncologia no mundo, apresentou muitos estudos que demonstram os benefícios do exercício para diminuir a fadiga oncológica para pacientes em tratamento, bem como a redução do risco de recidiva para quem já sofreu com a doença.

    “Conversando com meu oncologista descobri que se praticasse atividade física regularmente diminuiria em até 60% o risco de ter um câncer de mama novamente. Ele estava me dando a possibilidade de usar meu próprio corpo ao meu favor e com uma estatística incrível. Tenho algumas limitações decorrentes dos tratamentos, então busquei uma academia séria e um personal trainer qualificado para me treinar e ao mesmo tempo dar a assistência necessária para lidar com os meus limites. Está dando super certo há mais de 2 anos!” contou a blogueira Day Sant´Anna.

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