• Nova Olimpíada

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  • 26/08/2016 11:00

    As Olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro terminaram sob absoluto sucesso.

    É certo que alguns percalços ocorreram durante a sua realização, todavia perfeitamente compreensíveis ante o vulto do evento.

    O país está de parabéns, especialmente o Rio de Janeiro; ressalte-se, outrossim, que os elogios ao empreendimento não partiram somente de nossos compatriotas mas, também, e principalmente, de povos espalhados por esse mundo afora, que assistiram o belo espetáculo nas suas diversas modalidades.

    Aos brasileiros que lograram medalhas de ouro, o reconhecimento de nós outros; àqueles, todavia, que disputaram o pódio, sem contudo alcançá-lo, uma palavra de incentivo para próximos eventos.

    Terminadas as Olimpíadas, inicia-se, durante esta semana, nova “olimpíada”, essa de diferente natureza, ou seja, no âmbito da política perante o Senado Federal, o julgamento da Presidente afastada Dilma Rousseff.

    À frente dos trabalhos o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Ricardo Lewandowski, sobre a quem recai a incumbência de comandar o julgamento final da Presidente.

    A tal propósito, a autoridade em causa vem desempenhando destacado papel na condução dos delicados trabalhos relacionados com a questão ora em debate no Senado Federal; vale ponderar, também, que o Ministro, após haver constatado que os ritos processuais, junto aos Poderes envolvidos, ou seja, Câmara dos Deputados e Senado Federal, já estivessem devidamente superados, acabou por conclamar os Senadores à votação, depois que muitos da tribuna houvessem se pronunciado contra ou a favor do impeachment. Entretanto, após encerrada a votação, a Presidente tornou-se ré por expressiva margem de votos.

    A semana corrente será, pois, derradeira para que os membros da Câmara Alta venham a decidir, em caráter definitivo, quanto ao destino da Presidente, tendo ficado estabelecido, o dia vinte e cinco do mês corrente, para início do rito objetivando à conclusão do processo.

    Segundo informações publicadas na imprensa, já do conhecimento geral, à época da pronúncia, justamente quando a Presidente virou ré, 59 Senadores votaram a favor e 21 contra.

    O momento, pois, é decisivo para Dilma Rousseff, até porque nas próprias palavras do Ministro Lewandowski, no Senado, como em outra instâncias, inclusive o Supremo, todos os recursos formulados em defesa da Presidente foram denegados.

    Não resta dúvida, portanto, que a legislação específica que disciplina a matéria foi absolutamente respeitada, sem falar na Carta Magna do país, descartado, desta forma, de qualquer consideração, o termo golpe, a propósito do tema.

    Recorde-se que o Ministro em causa, por ocasião da abertura dos trabalhos no Senado, ao iniciar o julgamento, deixou perfeitamente frisado quanto a seu posicionamento relativamente à condução dos mesmos, ou seja, a observância aos ditames da lei e, sobretudo, o respeito ao regime democrático.

    É certo que ainda se farão presentes durante os trabalhos, testemunhas de defesa e acusação; todavia, o que há de prevalecer, é certo, como decisão derradeira, justamente com respeito ao pedido de afastamento da Presidente, é que a mesma seja lastreada em aspectos de natureza legal, razão primordial quanto à abertura do processo de impeachment, sem falar que no próximo dia vinte e nove a Presidente comparecerá ao Senado, quando fará sua defesa.

    O país aguarda, com expectativa, o dia trinta e um de agosto, evidentemente seja qual for o resultado da votação, entretanto, na certeza de que possa reinar a paz e, sobretudo, o regime democrático, este cada vez mais forte e respeitado, até porque já está mais do que na hora de cessarem os discursos e os insultos, eis que o lema maior a se alcançar, e o povo assim o aguarda, ansiosamente, é o crescimento do país, a queda da inflação, o desemprego assolador, a saúde em “pandarecos” e, sem deixar de frisar, que a segurança recebe, na atualidade, nota zero.

    A segunda “olimpíada” se encerra e os brasileiros esperam que termine com respeito à ordem, sobretudo às instituições.


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