• Zeina Latif: País começa a ter sinais concretos de efeitos cumulativos das reformas estruturais

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  • 16/ago 17:55
    Por Juliana Garçon / Estadão

    O Brasil começa a ter sinais concretos de efeitos cumulativos de reformas estruturais, como a trabalhista, realizadas na gestão de Michel Temer na Presidência da República, disse nesta sexta-feira, 16, a economista Zeina Latif. “O governo Temer foi um governo muito importante para retomar reformas estruturais e colocar na agenda política essas reformas. O fato é que a gente já começa a ter sinais muito concretos de efeitos cumulativos”, afirmou.

    A economista frisou o impacto sentido, hoje, das reformas realizadas anos atrás, citando o desemprego em níveis historicamente baixos. “Quando a gente olha surpresas com a atividade econômica, é injusto dizer que é simplesmente impulso fiscal e artificialismo. Tem fatores estruturais que concordam para isso. Claro que tem também o impulso fiscal, mas acho que não se resume a isso”, afirmou. “Eu não tenho dúvidas que uma parte do desemprego em baixo nível decorre de avanços estruturais em função das reformas que a gente teve em 2017.”

    Contudo, a economista indicou que, ainda que o País tenha alcançado um nível de “desemprego neutro”, há uma parcela grande da força de trabalho que não consegue uma ocupação porque não tem capital humano suficiente, que se confronta com um mercado de trabalho cada vez mais exigente, com novas tecnologias. “Não temos mais emprego em chão de fábrica. Isso também está cada vez mais valendo para o setor de serviço, mostrando a importância da ajuda.”

    A economista pontuou também o papel da política para criar condições para o desenvolvimento econômico do País. “A gente tem, primeiro, me perdoe, mas acho que um aprendizado de ter uma não política como presidente. E desculpem, mas esse Brasil complexo, você tem de ter gente ali que sabe do riscado, sabe do ofício”, opinou. “Não dá pra ter uma pessoa que nega a política. Você pode gostar, não gostar, achar que a oposição tem mais ou menos qualidade, mas o Congresso está lá.”

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