• Zeeba lança

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 27/03/2020 15:33

    Com a quantidade de hits que possui na carreira, Zeeba poderia colocá-los todos em uma mala e viajar o mundo umas 17 vezes apresentando-os pelos 195 países. Só que ele preferiu retornar à origem e ao propósito que o fizeram músico, apertou o botão de reset e começa nova fase com este álbum de 9 faixas, não por acaso batizado “Reset”.

    Se somar somente dois de seus sucessos, “Hear me Now” e “Never Let me Go”, e o desempenho em duas plataformas – YouTube e Spotify -, a quantidade de views e audições ultrapassa o bilhão.

    Só que Zeeba demonstra em “Reset” que não está interessado em números estratosféricos, mas em realização artística. De cara, ele pega “Hear me Now” e a despe dos arranjos eletrônicos da parceria com Alok e Bruno Martini e deixa-a conforme foi concebida, em violão, piano e voz (e uma certa percussão).

    A canção mostra um novo fôlego e aparência fresca de que nasceu ontem, no formato sonoro onde o indie rock encontra o folk registrado no álbum.

    É essa a cara de “Reset”, pois é essa a proposta do artista, que nasceu em San Diego, na Califórnia, veio com os pais brasileiros ao país e voltou aos EUA para estudar música.

    Só que o retorno ao país natal se transformou em seu primeiro conjunto, focado justamente na mistura orgânica do indie com folk, por onde ele começou a dar vazão às suas criações e pelo qual foi agraciado com um Grammy.

    As oito canções registradas preferencialmente no formato acústico em “Reset” são obras com a assinatura autoral de Zeeba. 

    Na sequência do trabalho, vem outro hit massivo, “Never Let me Go”, a qual compartilha com os parceiros na execução, Rafael Baptista (violão), Pedro Montagnana (piano), Thomaz Ayres (percussão) e Hermes Reis (violão).

    Os três primeiros assinam a produção do álbum, e o quarto foi uma aquisição importante para o resultado final, pois quando registraram somente em violão e voz, sentiram falta de elementos, incorporados em arranjos propostos por Hermes.

    Na canção que fecha a parte de regravações do trabalho, “Ocean”, agregaram piano, já que a versão primeira a ser registrada era justamente em violão.

    “Runaway” tem violão e “Too Late” combina as seis cordas com piano, na safra mais recente de Zeeba, que já apontava para um caminho bem mais orgânico.

    Assim como “Sun Goes Down” e “Found U”, e mesmo outro sucesso, “With Me”, que na gravação anterior ganhara produção dos badalados Timbaland e Bruno Martini. Mas do trabalho com Timbaland, Zeeba puxou a veia de outro grupo com que o produtor trabalhou, Coldplay.

    Na conta, mais referência indie, como The Kooks, Lumineers, Vance Joy, Kodaline, One Republic e a fórmula está pronta. Ou quase, já que ainda há espaço para sua primeira canção composta em português, “Tudo que Importa”, uma balada linda, no tom das anteriores, mas com acento levemente de nova MPB, que não esconde o flerte com os gêneros a que Zeeba mais aprecia. A produção desta é de Gee Rocha conhecido pelo trabalho na banda NX Zero. 

    Últimas