• Votos jogados ao léu

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  • 07/01/2017 11:25

    Ayn Randa, filósofa russa, disse: “Ineptocracia é um sistema de governo onde os menos capazes de liderar são eleitos pelos menos capazes de produzir, e onde os membros da sociedade com menos chance de se sustentar ou ser bem-sucedidos são recompensados com bens e serviços pagos pela riqueza confiscada de um número cada vez menor de produtores.”

    Definiu, em resumo, o que ocorre aqui, como sistema de governo, tanto no âmbito federal, como estadual e municipal. É a ineptocracia que comanda todo o sistema como se dissesse – “empurrando os problemas com a barriga para não resolver nada”. Estamos diante de nova mudança municipal e, de um modo geral, os diversos secretários são sempre os mesmos de administrações passadas, que nada resolveram e nada irão resolver – é a eterna troca de lugar das “moscas”, já que em todos executivo – seja federal, estadual ou municipal – sem muita chance de opção, vota-se no menos ruim. Já para o legislativo, com uma gama de escolha bem maior, deduz-se que o eleitor tem melhor chance de acerto e aí, eleitos os mais votados, o executivo os convocam para suas secretarias, num jogo de interesses políticos, frustrando a escolha do eleitor e, por outro lado, dando espaço para outros não de escolha da maioria, os eternos suplentes, frustrando votos de muitos,  desprezando o de cada eleitor, jogado ao léu – e convenhamos, num total desrespeito e falta de ética. Raros são, em todos os segmentos, os secretários que são convocados de fora do grupo, para cargos certos conforme sua competência e expertise – o que decepciona os mais esclarecidos.

    Um fato diferente e que deveria ser seguido, é a noticia dada pela coluna de Ilimar Franco (Panorama Político – O Globo de 29.12.16): “O futuro prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchesan Jr., lança moda. Abriu um “banco de talentos” na internet e promete recrutar os melhores para os cargos de secretários municipais e de dirigentes de autarquias e fundações. A seleção exige dos candidatos ficha limpa, experiência profissional e alinhamento ao plano de governo.” 

    Particularmente, em Petrópolis, parece que o primeiro quesito avaliador para o suprimento de determinado cargo é ser regional de nascimento, o que caracteriza um ato de nepotismo – termo utilizado para designar o favorecimento de parentes ou amigos próximos em detrimento de pessoas mais qualificadas, geralmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos públicos e políticos.

    Talvez os eleitores, sempre desligados ou pouco interessados, não notem que seu voto foi jogado fora, atirado ao espaço, ficou ao léu se, olhando para nosso legislativo, vemos sempre as mesmas caras com seus respectivos currículos de cargos exercidos, como eternos sapientes mas insipientes que, capazes de tudo, nada resolveram – aguardemos, vigilantes.

    jrobertogullino@gmail.com

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