Votação do impeachment de Dilma Roussef leva petropolitanos para as ruas

Na manhã e na tarde de hoje (17), manifestantes ocuparam a Praça D. Pedro II e a Praça da Liberdade contra e favor da presidente Dilma Roussef. Diferente das últimas manifestações, o número de pessoas que saíram às ruas foi pequeno.

A concentração aconteceu por volta das 10h, na Praça D. Pedro, e reuniu cerca de 100 pessoas, segundo a Polícia Militar. Vestidos de verde e amarelo, os contrários à política adotada pelo governo petista, levaram cartazes e gritaram palavras de ordem contra a corrupção. 

Presidente regional da Associação dos caminhoneiros, Jorge Lisboa, participou da manifestação com a sua família, a favor da saída da presidente do país.  De acordo com ele, a situação para a categoria está difícil por causa da crise. “Os caminhoneiros estão parados nas estradas. Não está tendo compra de mercadorias. Outro fator que está prejudicando a classe é a alta da gasolina. Estou aqui para reivindicar um país melhor para a categoria e para minha família", disse.

Por volta das 14h, os manifestantes contra o impeachment  da presidente começaram a chegar na Praça da Liberdade. 

Segundo estimativa da Polícia Militar, um grupo com aproximadamente 70 pessoas a favor da presidenta Dilma Rousseff fizeram um ato denominado “Petrópolis em defesa da democracia”. Os manifestantes, contrários ao impeachment, vestiram a cor do Partido dos Trabalhadores, vermelho, e enfeitaram a praça com cartazes e bandeiras de apoio à Dilma.  Houve manifestação cultural de música, arte e teatro. Representes, políticos, artistas e cidadãos discursaram  contra o que chamam de golpe contra a democracia.

“Não vai ter golpe, vai ter luta”, disse a estudante universitária, Gabriela Arruda, de 24 anos, que não concorda com o processo de  impeachment. “Não existe crime de responsabilidade contra a Dilma. Do que ela está sendo acusada? Não aceito este circo que estão armando contra ela”,  acrescentou a estudante. 

Ambas as manifestações foram pacíficas. Segundo a Polícia Militar, estava programada uma caminhada pelo Centro Histórico do grupo  que é a favor do impeachment, mas foi cancelada considerando que seria provocação ao grupo contrário, informou a PM.