Von der Leyen diz que sanções contra Rússia são respostas à violação de direitos
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou hoje que as sanções anunciadas pelo bloco em conjunto contra a Rússia são bem-vindas, e que são uma “resposta clara às violações do direito internacional pelo Kremlin”. Em discurso no tema, a dirigente afirmou que a Rússia fabricou a crise e é responsável pela atual escalada de tensões, e que o pacote de sanções será finalizado rapidamente, em “coordenação com os nossos parceiros”.
As medidas visam os indivíduos, empresas e bancos envolvidos na atual crise relacionada ao reconhecimento de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, como independentes por Moscou. “Proibimos o comércio entre as duas regiões separatistas e a UE”, afirmou von der Leyen, que destacou ainda que limitamos a “capacidade da Rússia de levantar capital nos mercados financeiros”.
Por sua vez, a dirigente disse que a Alemanha está certa na questão do Nord Stream 2. “O gasoduto deve ser avaliado à luz da segurança do aprovisionamento energético de toda a Europa”, disse, lembrando que “ainda somos muito dependentes do gás russo”. Segundo a alemã, é necessário diversificar estrategicamente os fornecedores e investir massivamente em energias renováveis. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou, nesta terça-feira, que decidiu suspender a certificação do gasoduto, que liga o país à Rússia.
O Alto Representante da UE, Josep Borrell, anunciou hoje que as primeiras punições miram 27 indivíduos e entidades que estiveram diretamente envolvidos na “grave violação da integridade territorial” ucraniana. Os 351 integrantes da Duma – a câmara baixa do congresso da Rússia – que votaram pelo reconhecimento também serão alvos. Já o presidente russo, Vladimir Putin, não está na lista. Borrell acrescentou que haverá ações contra bancos que financiam operações militares à favor da Rússia no leste da Ucrânia.