• Voluntários se unem para tentar evitar fim do Grupo Assistencial SOS Vida

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  • 11/07/2019 09:40

    Após 21 anos de trabalho, o Grupo Assistencial SOS Vida pode encerrar as atividades. Com a interrupção do convênio com a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), as despesas básicas foram se acumulando. Sendo mantido com doação de alguns poucos colaboradores, o grupo não conseguiu quitar as dívidas e precisará desocupar a casa onde funciona a sede até agosto. Uma campanha está sendo feita para conseguir formar um grupo de colaboradores que possa assumir as despesas do projeto em um novo local.

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    Despesas básicas como aluguel, IPTU, luz, telefone/internet, água, gás, secretaria ficam em torno de R$ 7 mil. Na campanha, o grupo busca ajuda de pessoas ou empresas que possam assumir mensalmente o compromisso de doar valores que ajudem a quitar as despesas. Se não conseguirem atingir a meta de contribuição, o trabalho será encerrado com a entrega do imóvel.

    São pelo menos 800 famílias cadastradas no projeto. Os assistidos contam com diferentes serviços, como assistência a portadores do vírus HIV/AIDS, dependentes químicos, orientação psicológica e jurídica, distribuição de cestas básicas, kits de enxoval para bebês e alimentação na sede da instituição. Além disso, ainda recebem o amparo de profissionais da saúde que atendem gratuitamente em seus consultórios e clínicas.

    Cirlei Fernandes é assistida pelo SOS Vida há pelo menos 18 anos e a notícia de que o grupo pode encerrar as atividades têm sido motivo de preocupação. “Estou no desespero com medo de que acabe. Para mim o SOS Vida é minha família. Lá que partilho minha vida, meus familiares são assistidos. Mas eu ainda tenho esperanças, estamos todos correndo atrás para tentar um novo lugar”, disse. 

     O psicólogo Antônio Carlos de Souza Pires, responsável técnico e presidente do SOS Vida, explica que além de ser um espaço de apoio e serviços a sociedade, o SOS Vida também tem sido importante na formação de estudantes universitários. Até hoje, passaram pela instituição mais de 300 estudantes de psicologia, estudantes de Administração, Direito, Assistência Social e outros. 

    “O encerramento das atividades vai trazer um grande prejuízo também para os estagiários. É um espaço universitário, na parceria com faculdades de Psicologia em Petrópolis. O fechamento será um prejuízo para toda a cidade. Recentemente uma estagiária de Psicologia voltou para nos agradecer e disse que 90% do aprendizado que tem hoje acumulou no SOS Vida. Hoje é professora universitária”, contou o presidente. 

    O SOS Vida foi criado em março de 1998, com o propósito único de oferecer apoio e assistência aos portadores do vírus HIV/AIDS. Um ano após, a pedido do amigo do projeto e padre, José Carlos Medeiros Nunes (Padre Quinha), o grupo entendeu que deveria ampliar as atividades aos dependentes químicos. A busca por diversos motivos fez com que a instituição abrisse o leque de atuação – Ir de Encontro à Necessidade de Quem Nos Procura – que, em sua grande maioria, são pessoas de baixa renda, como explica o psicólogo Antônio Carlos.

    Para contribuir com o projeto, basta entrar em contato através do telefone (24) 99224-0201 ou fazer uma visita à instituição, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Alberto Torres, 78 – Centro.

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