Volta às aulas presenciais na rede municipal de SP tem clima de ‘fase de testes’
Com o “coração apertado” e preparados para uma “fase de testes”, milhares de pais enviaram seus filhos para 3,5 mil escolas da rede municipal de São Paulo, 92% do total, na retomada das atividades presenciais nesta segunda-feira, 15. O retorno será gradual e facultativo. As escolas só poderão receber 35% dos estudantes, com rodízio entre os alunos e a manutenção do ensino remoto para os que não estiverem na escola. As escolas da cidade haviam suspendido as aulas presenciais em 23 de março de 2020 por conta da pandemia da covid-19. Desde lá, as instituições só puderam receber alunos para atividades extracurriculares.
O secretário municipal de Educação Fernando Padula afirma que o momento ainda é de incerteza, mas acredita que as escolas vão preencher o número permitido de 35%. Pesquisa no portal da secretaria municipal com 591 mil famílias aponta que 66% dos pais são favoráveis ao retorno.
Aqueles que preferirem não frequentar o ambiente escolar devem fazer as atividades na plataforma Google Sala de Aula ou em outros meios disponíveis. “Nós ainda vivemos um momento de incerteza. Talvez alguns pais ainda aguardem um pouco para mandar os alunos, mas temos o porcentual de 66% que são favoráveis ao retorno”, diz o secretário.
Em caso de alcance do número máximo de interessados por turno, terão prioridade as crianças com maior idade, irmãos matriculados na mesma unidade e crianças em situação de vulnerabilidade. Na educação infantil, não haverá revezamento. Essa organização ficará a critério de cada unidade.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, 530 escolas devem retomar as atividades presenciais entre os dias 22 de fevereiro e 1º de março por falta de serviços de limpeza. Outras 50 escolas passam por reformas para receber os alunos durante a pandemia. Essas 580 ainda não retomaram as aulas presenciais nesta segunda.
Parte dos professores da rede está em greve desde a semana passada e pede que as aulas continuem a distância. A categoria alega que não há estrutura suficiente para receber os estudantes presencialmente.