• Volta às aulas: faltam professores em pelo menos cinco escolas da rede municipal

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  • 15/02/2022 16:17
    Por Vinícius Ferreira

    Nesta segunda-feira (14) mais de 39 mil estudantes da rede municipal de ensino voltaram às salas de aula. Um retorno presencial esperado há quase dois anos. Embora a expectativa fosse boa por parte dos alunos e responsáveis, a realidade foi a falta de organização da Secretaria de Educação para algumas unidades escolares e no transporte público. De acordo com o levantamento do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ), pelo menos cinco escolas iniciaram as aulas com o quadro de professores incompleto. 

    “Na escola em que meu filho está matriculado, João Kopke, todos os alunos, desde a educação infantil até o terceiro ano, estão sem professores e sem aulas e não há previsão de regularizar a situação. Os outros alunos mais velhos terão aulas duas vezes por semana e na sexta-feira (18) não terá aula para ninguém. Estão negando aos nossos filhos o direito básico a educação”, afirma Débora Nascimento.

    A informação foi confirmada pela representação de Petrópolis do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro – Sepe/RJ. “Isso está ocorrendo não só na João Kopke, mas em escolas municipais como a Santa Maria Goretti (Bingen), a Professora Maria Campos da Silva (Centro), no Liceu Carlos Chagas (Avenida Barão do Rio Branco) e no Liceu Cordolino Ambrósio (Centro). Em todas elas faltam professores”, destaca a representante do Sepe, Rose Silveira.

    Segundo o Sepe, o problema acontece desde o início da pandemia e nenhuma providência foi tomada para solucionar a questão. “Não houve chamamento extra de profissionais do processo seletivo e não houve concurso ainda. Com isso, os alunos dessas escolas estão sem aula em algumas disciplinas. Ou ficam em casa um dia da semana ou saem mais cedo. Outros pegam mais tarde. Tem aluno da rede pegando às 16h para sair às 17h30”, informa a representante do Sepe, que diz ainda que o sindicato já oficiou a Prefeitura cobrando providência para o cenário atual da educação básica na cidade.

    Em resposta à Tribuna, a Secretaria de Educação informou que com o Regime Especial de Horas Trabalhadas (REHT) algumas demandas serão atendidas, “mas que o déficit de profissionais na rede municipal só será resolvido com a realização do concurso público. O levantamento da demanda de cada escola já está sendo concluído e a previsão é que o edital seja lançado ainda neste semestre”, informou em nota. 

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