Viva a Mãe de Deus e Nossa!
Em 2017 comemoramos os 300 anos do aparecimento da Imagem de Nossa Senhora da Conceição nas águas do Brasil (hoje 304 anos) mais precisamente no Rio Paraíba do Sul. Sua história é bela e emocionante. Além de ter sido acolhida pela rede faltando à cabeça um prodígio fez com que os três pescadores jogassem a rede e pronto, a imagem estava completa. Era tosca sem os contornos imaginários de perfeição e leveza. Apenas 36 centímetros! Ali ela realizara o primeiro milagre: se até então não havia pescado um só peixe, daquele momento em diante foram tantos nos fazendo lembrar a barca de Pedro. No Rio de Janeiro não havia o Cristo Redentor uma das maravilhas do Mundo, nem se falava no futebol e nada de carnaval. A imagem negra seja pela água escurecida na lama serviu de sinal a nos acenar pela igualdade entre o sofrido povo escravizado predominava no País. Os pescadores, familiares e vizinhos às escondidas iniciaram as ladainhas e procissões já que havia certa resistência em não permitir a devoção. Aparecida a cada momento dava um sinal de sua intercessão à misericórdia Divina, ora curando a visão da menina, acendendo as velas, quebrando os grilhões do pobre escravo, a recuperação da saúde do corpo, alma e restabelecendo a paz a tantos que a ela acorriam. A messe continua hoje a pedir a intercessão da doce Mãe ao Filho Jesus Cristo. Aos poucos a Imagem foi construindo a identidade do povo brasileiro e o Caminho Real, Guaratinguetá, São Paulo e região foi conquistando o prestígio que tomou conta do Brasil e do mundo. E os romeiros foram chegando, a pequena igrejinha se transformou em construção mais arrojada e hoje a Basílica Nacional, depois do Vaticano, é a maior do mundo. Assim nasceu a Cidade de Aparecida, o Arcebispado e o magnífico Santuário. É uma beleza estar em Aparecida e testemunhar a fé. Milhares de ônibus, automóveis, gente a pé, bicicleta ou na boleia dos caminhões. Quem pode se hospedam em hotéis, outros em barracas. Verdade é que emociona. A sala dos milagres guarda todas as partes do corpo humano representado em imagem de cera, vestidos de noiva, bolas de futebol e as mais diversas manifestações de gratidão à mãe de Deus e nossa. As filas intermináveis ao nicho onde se contempla a pequena imagem que recebeu do devotos o manto de rainha e a coroa que se contrasta com a simplicidade da Mãe. Ela recebeu a Rosa de Ouro do Sumo Pontífice e a Coroa de Ouro da Princesa Isabel. Com alegria e regularidade temos ido rezar na Casa da mãe, mas, em 2012 vivemos raro momento. Acompanhamos Renato e Célio em orações e Ação de Graças. E lá, mesmo ciente que seria difícil participar da procissão não desanimei e fiz os contatos. Eram dezenas de fiéis e diversos eram os motivos que os levavam ao templo. Uns celebravam as bodas de diamantes, ouro, prata, Congregações Religiosas nacionais e internacionais, enfim, incontáveis motivos a agradecer. Ainda assim não desanimei. Pedi mais essa graça foi quando o responsável pela procissão de entrada me disse que eu aguardasse próximo à escada onde se instalaria o coral que ele me chamaria. E a Basílica superlotada e por mais estivesse tomado de esperança achei difícil me localizar àquela altura. Eram cerca de 100.000 fiéis no interior e exterior da nave. No entanto, para minha surpresa avistei a procissão formada e ele foi ao meu encontro a me chamar. Conduzimos Renato e Célio ao lado da Sagrada Imagem e rumamos ao altar e convidados para ficar ali durante toda a Eucaristia. Haja emoção dos filhos ao receber o abraço e o amor da Mãe Aparecida tão pequena e frágil, qual Hóstia Consagrada, simboliza o Brasil e o belo amor. Obrigado Mãe Aparecida.