• Viúvo fala pela primeira vez sobre assassinato da mulher

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  • 02/12/2018 08:00

    O empresário Manoel da Silva, de 68 anos, falou ontem (30) pela primeira vez sobre a morte da esposa, a comerciante Dircele Botelho Garcia, de 51 anos. Ela foi assassinada pela própria filha Paloma Botelho Vasconcelos, de 21 anos e o namorado Gabriel Molter Neves, de 26 anos. Manoel disse que a mulher desconfiava da filha e relatou que ela pretendia passar os bens para o seu nome.

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    "Um dia conversamos sobre esse assunto. Ela disse que estava muito preocupada e sentindo um aperto no peito em relação a Paloma e que sentia que ela iria matá-la. Disse ainda que pasasaria algumas coisas para o meu nome. Eu tirei isso da cabeça dele, falei que não era para fazer nada disso. Cada um cuidava das duas coisas e eu disse que eu era mais velho e por isso morreria antes", comentou Manoel.

    O crime aconteceu há dois meses dentro da casa da família, na Rua Bingen. No vídeo gravado por Manoel, na sua residência e entregue pela advogado que está cuidando do caso, o viúvo contou como encontrou o corpo de mulher e que confessa que nunca desconfiou de Paloma. "Em nenhum momento em desconfiei dela. Quis ver a gravação porque queria entender como ela morreu, o que tinha acontecido nos últimos momentos da vida dela. Encontrei o seu corpo direitinho na cama, todo arrumado, achei tudo estranho, mas mesmo assim não podia imaginar que a Paloma faria uma coisa dessas", contou o viúvo.

    Manoel disse antes de ver as imagens e descobrir o crime, Paloma agia de forma normal. "Ela estava levando a vida dela na normalidade, como se não tivesse feito nada. Só se desesperou quando viu que eu estava vendo as gravações. Foi quando fugiu com o namorado e foi procurar o pai", lembrou. O empresário concluiu a gravação dizendo que "está tocando a vida até quando Deus quiser e que espera que a justiça seja feita".

    Paloma e Gabriel foram presos sete dias depois do crime, eles estão na cadeia pública de Benfica na cidade do Rio de Janeiro. O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ) acatou a denúncia no dia 12 de novembro e o casal aguarda o julgamento que ainda não tem data para acontecer.

    Dircilene foi morta por asfixia mecânica e de acordo com o laudo da perícia, ela resitiu as torturas do casal por cerca de 40 minutos até falecer. Os dois usaram sacos plásticos e fitas adesivas para asfixar a vítima. Uma câmera instala no quarto de Dircilene registrou a ação dos assassinos.

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