Vítimas das tragédias do ano passado organizam manifestação para cobrar respostas do poder público
Vítimas das tragédias do ano passado, em Petrópolis, se unem, no próximo mês, em um propósito: cobrar respostas do poder público. Uma manifestação está sendo organizada para acontecer no dia 15 de junho, quinta-feira, data que marca um ano e quatro meses do primeiro temporal que atingiu a cidade. O ato acontecerá na Praça dos Ferroviários, próximo ao Morro da Oficina, no Alto da Serra, às 16h.
Cristiane Gross, organizadora da manifestação e ex-moradora do Morro da Oficina, conta que a ação tem como objetivo cobrar, principalmente, pelas obras paralisadas ou não iniciadas; sobre o Aluguel Social – que, segundo Cristiane, atualmente não está sendo mais pago a algumas famílias que realmente precisam; indefinição das indenizações de moradias interditadas; moradias e/ou indenizações para as famílias que tiveram suas casas destruídas pelas tragédias.
Descaso após um ano e três meses da tragédia
Como noticiado pela Tribuna na última semana, após um ano e três meses da tragédia de fevereiro de 2022, o cenário atual de localidades atingidas pelo temporal é de obras paradas, imóveis interditados e petropolitanos inconformados.
O Vila Felipe, no Alto da Serra, por exemplo, foi um dos locais mais atingidos pela tragédia. Na região, ainda há o que ser feito e moradores relatam o descaso do poder público. No fim de janeiro, a Prefeitura de Petrópolis divulgou o início das obras que previam barreiras dinâmicas, drenagens, demolições de blocos rochosos soltos, reconstrução das servidões, além da reorganização do fluxo das águas pluviais nas servidões da Rua Jacinto Rabelo – dentre elas, a Rua João Rodrigues Batista e a Servidão Geovane Santos. Vias que foram duramente atingidas pelas chuvas do início do ano passado.
No entanto, de acordo com Elisângela Lopes, moradora da Servidão Jacinta Rabelo, há ainda outros locais duramente atingidos pelos temporais, que não foram contemplados com as intervenções. É o caso da Servidão João Bonifácio Pacheco.
A Prefeitura foi questionada na ocasião sobre as intervenções na região. No entanto, não respondeu a nossa equipe.