• Vítima de acidente vascular cerebral, Sérgio Canejo morre aos 85 anos

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  • 19/12/2018 16:53

    Ser pai não é uma tarefa das mais fáceis, especialmente quando é necessário exercer a função de maneira “dupla”. Não por ter dois filhos ou mais, mas sim por criar, também, os netos. Essa foi a vida que levou o aposentado Sérgio Canejo, que faleceu aos 85 anos na noite da última segunda-feira, vítima de complicações após um acidente vascular cerebral. Ele deixa uma esposa, com a qual foi casado durante 66 anos, quatro filhos, sete netos e cinco bisnetos.

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    Sérgio teve uma vida política bastante ativa em Petrópolis. Entre as décadas de 70 e 80, exerceu a função de funcionário federal do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Logo ao fim do mandato, ele regressou à Petrópolis onde foi secretário de Administração e chefe de gabinete no governo Jamil Sabrá.

    A família conta que Sérgio era chamado de “Rei” entre os netos. Além das quatro filhas, ele e sua esposa, Marina Canejo, foram os “pais” de mais quatro. Isto porque, no auge de seus 47 anos de idade, Sérgio ganhou seus primeiros “caçulas”. Ele possuía a guarda definitiva dos netos Paulo e Andressa, que enxergaram nos avós tudo o que poderiam ter de melhor.

    “Meu avô abriu mão de tudo pra cuidar da gente. Não tive nos meus avós apenas a coisa de matarem a vontade. Eles educaram mesmo e sempre se dedicaram totalmente a nós. Isso foi muito importante para mim. Fico feliz por ter sido criada por eles, pois eles tiveram experiências, vivências e princípios diferentes, o que não são tão valorizados atualmente. Ele sempre nos deu todo o amor do mundo, e nunca nos deixou faltar nada. Inclusive, foi graças a ele que consegui um emprego na Tribuna de Petrópolis na época em que trabalhei lá”, disse a jornalista Andressa Canejo.

    Sérgio também criou as irmãs Janaína e Letícia. Diferente do casal de irmãos, as meninas chegaram a ser criadas pela mãe, mas ainda pequenas foram para o aconchego do lar do avô. A filha dele, Grace Canejo, conta que ele era um exemplo de pai, de caráter ímpar e de um coração enorme. “Ele sempre encheu o peito pra falar dos filhos e dos netos, que ele criou com muito amor. Ele sempre mostrou muito orgulho de todos nós. Ele era uma pessoa incrível, muito dócil, muito amiga e que sempre viveu em prol da família e dos amigos”, contou emocionada.

    “Até essas complicações de saúde chegarem, ele continuava bastante lúcido. Ele tinha uma memória incomparável também. Se estivesse acordado, ele sentaria com você e ficaria o dia inteiro te contando sobre toda a vida de políticas públicas que viveu. Ele amava conversar com amigos e apreciando um bom vinho. Com certeza ele fará muita falta, o Valparaíso todo está de luto”, declarou Grace.

    O sepultamento de Sérgio Canejo aconteceu às 16h30 desta terça (18), na capela A da Funerária Oswaldo Cruz.

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