Vistoria obrigatória: caça-níqueis
A nossa sempre atenta TRIBUNA DE PETRÓPOLIS trouxe mais uma vez um recado para que a sociedade “que se diz organizada” se posicione sobre tema tão importante: vistoria de veículos.
Sinceramente, nem sei quantos Estados da Federação ainda mantêm a tal vistoria anual de veículos automotores.
O servidor da Justiça Federal, Sr. Carlos Adriano Grijó, em entrevista à jornalista da Tribuna Lívia Muller, coloca a sua posição e explicita com vigor a sua indignação através das leis existentes, que não “contemplam a tal vistoria anual”.
Quando começou pelo mundo o debate sobre a poluição ambiental, logo os governantes viram como reforço de caixa a “inspeção anual veicular”, que seria mais um cabide de emprego para os apaniguados dos deputados estaduais.
Processo lento, paquidérmico até, que leva o cidadão à loucura, pelas greves, pela demora e, muitas vezes pela corrupção (em Petrópolis, nunca tivemos denuncia de maus feitos).
Como explicar que o mau cidadão, ao ver que os pneus estão lisos, aluga na borracharia próxima quatro pneus e às vezes até o estepe para a tal “inspeção”. Como explicar, quando era obrigatória a apresentação do extintor, que também podia ser alugado nas proximidades.
Em qualquer lugar do mundo desenvolvido, o cidadão que é responsável pelo automóvel, tem que mantê-lo sob seguro total, em condições de uso com responsabilidade total, enfim, não precisam de “inspeção anual”.
Quando fiscalizado, a qualquer dia e hora, qualquer automóvel tem que estar dentro do que as leis estabelecem.
O governo do Estado do Rio, que há duas décadas está sob o comando do PMDB poderia, enterrar definitivamente a “tal inspeção anual dos nossos automóveis”, e ganharia a simpatia das pessoas que penam anualmente nas filas de tal desserviço.
Cumprir as leis vigentes não quer dizer que concordamos com um tal disparate burocrático.