• Visitas ao Cristo Redentor são retomadas no Rio após fiscalização

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  • 18/mar 13:41
    Por Redação / Estadão

    A visitação ao Cristo Redentor foi retomada nesta terça-feira, 18, após ter sido interditada na segunda pelo Procon do Estado. A medida ocorreu após um turista de 54 anos morrer na escadaria do complexo.

    O turista gaúcho Jorge Alex Duarte sofreu o enfarte pouco depois das 7 horas de domingo, 16, na escadaria de acesso ao Cristo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas não conseguiu evitar a morte.

    Parentes do turista afirmaram que o posto médico estava fechado na hora do episódio. A empresa responsável pelo serviço de atendimento médico nega – diz que o posto havia acabado de abrir e que o problema é que a vítima sofreu um enfarte fulminante, diante do qual não houve socorro possível.

    Atendimento médico e administração do espaço

    No domingo, a Arquidiocese do Rio de Janeiro disse, em nota, que o visitante subiu pela escada comum e passou mal às 7h39. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado imediatamente, mas só chegou ao local às 8h13 – ou seja, mais de 30 minutos depois. E que no momento o posto médico ainda estava fechado. “O que revela a falta de estrutura no Complexo do Alto Corcovado”.

    A área do Cristo Redentor é administrada por quatro instituições ou empresas. O monumento em si e a capela próxima são administradas pela Igreja Católica, por meio do Santuário Cristo Redentor. O Parque Nacional da Tijuca, área de floresta onde está o monumento, é responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal.

    O transporte por vans, que partem de três pontos da cidade e levam até o monumento, cabe à concessionária Paineiras-Corcovado. Por fim, o transporte por trem é responsabilidade da concessionária Trem do Corcovado.

    O contrato de concessão firmado em 2014 entre o ICMBio e a Trem do Corcovado prevê que a empresa mantenha o posto médico e estipula que ele deve funcionar durante todo o período de visitação ao monumento. Pessoas que acompanhavam a visita ao Cristo do turista que morreu reclamaram da demora no atendimento a ele.

    O ICMBio afirmou em nota que vai abrir investigação para apurar o episódio e, se ficar demonstrado descumprimento do contrato, a empresa concessionária será punida. Na nota, o instituto lamentou a morte do visitante.

    O instituto afirmou também ainda não ter sido notificado oficialmente sobre as razões para a interdição do acesso ao monumento e que vai tomar providências assim que houver a notificação.

    O Trem do Corcovado afirmou que o posto médico estava funcionando regularmente na hora em que o turista sofreu enfarte e disse que “a equipe do Pronto Socorro local agiu imediatamente, inclusive com uso de desfibrilador, mas, apesar da rapidez da ação, o visitante teve um infarto fulminante, impossibilitando o salvamento, como também constatado pela equipe do Samu”.

    Ainda segundo a empresa concessionária, “o Pronto Socorro atende a todas as pessoas que visitam o monumento do Cristo Redentor, inclusive os que chegam em vans, ou pela trilha. A unidade conta com os equipamentos necessários aos primeiros socorros e com profissionais treinados, habilitados e certificados a manusear o desfibrilador. Casos mais graves são levados para o Hospital Adventista Silvestre, que fica a quatro minutos do monumento, dentro do próprio Complexo do Corcovado”.

    A concessionária Paineiras-Corcovado, que administra o serviço de vans, também divulgou nota lamentando a morte do turista e afirmando que “equipes de atendimento prestaram os primeiros socorros e acionaram os serviços de emergência”.

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