• Violência sexual: casos ainda são registrados na cidade

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  • 24/04/2016 07:00

    De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública, ISP, apenas no primeiro trimestre deste ano, foram registrados 16 casos de estupro em Petrópolis. Número registrado ao longo de todo ano de 2015. Apesar disso, de acordo com o chefe do setor de homicídios da 105ª Delegacia de Polícia, Renato Rabelo, nenhum dos casos consiste no estupro em si, ou seja, na violência sexual com penetração. Atualmente, todos os casos envolvidos em qualquer tipo de abuso, como forçar um beijo ou passar a mão nas partes íntimas de alguém, por exemplo, consiste nos registros como estupro.

    Mesmo assim os dados apontam um aumento significativo em violência desse tipo. Ainda segundo Renato, o público mais afetado com tais violências, normalmente, são crianças e adolescentes abusados por parentes ou amigos próximos das famílias. Em janeiro foram registrados na 105ª DP, no Retiro, três casos enquadrados nessa categoria e um na 106ª DP, em Itaipava. Em fevereiro já foram seis na 105ª DP e um na 106ª DP. Em março foram quatro registros de abuso na 105ª DP e um na 106ª DP. 

    No primeiro trimestre de 2016, o Conselho Tutelar do Centro registrou 15 atendimentos de abuso a crianças e adolescentes, entre os dias 11 de janeiro e 20 de abril. De acordo com a conselheira tutelar Mérilem Dias, o conselho recebe as denúncias por telefone, feitas pelas delegacias, unidades de saúde e de ensino. 

    “A partir daí, nós visitamos a residência citada nas denúncias ou intimamos que a família compareça ao Conselho. Então encaminhamos a criança ou o adolescente, junto dos responsáveis, para o Creas, onde ela será ouvida. Isso evitará que a vítima precise contar várias vezes o que aconteceu com ela, evitando um grande estresse emocional. Logo após sair do Creas, essas crianças recebem encaminhamento imediato para um psicólogo oferecido pela rede pública de saúde. Depois que esse relatório é encaminhado para o Conselho, solicitamos que os pais façam o registro da ocorrência na delegacia”, explicou.

    Ainda segundo a conselheira, o fato só é comunicado ao Ministério Público quando os responsáveis pela criança ou adolescente se recusam em levá-los ao Creas, fazer o registro na delegacia, ou quando o abusador vive no mesmo imóvel da vítima. “Quando percebemos que há negligência por parte da família, ou um dos familiares é o próprio agressor, tomamos as medidas cabíveis para evitar riscos posteriores a esta vítima”, disse Mérilem. 

    O atendimento no Conselho Tutelar é feito das 9h às 18h, mas os conselheiros operam em horário de plantão 24h por dia. O número para contato é o (24) 98819-6944. 


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