• Veterinária dá dicas de como amenizar estresse dos animais domésticos no fim de ano

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  • 19/12/2021 13:47
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    Correria, festas, trovões, entra e sai das casas e os temidos fogos de artifício ainda são os principais motivos de incidentes com animais quando chega o mês de dezembro. Para amenizar o problema, algumas atitudes precisam ser tomadas pelos tutores de animais domésticos. Para melhor adaptação, é importante acostumar o animal aos poucos, dias antes da virada, que é quando geralmente acontecem os piores barulhos.

    Em Petrópolis, no dia 3 de dezembro de 2021, foi regulamentado o novo decreto da lei 7.956/2020, que proíbe fogos de artifício barulhentos no município. De acordo com informações da Prefeitura, a multa pelo descumprimento da lei municipal pode variar entre R$ 130 e R$ 26 mil, a depender da gravidade. Denúncias podem ser feitas pelos números 2246-9257 e 153.  

    Além de fogos barulhentos,  que também prejudicam pessoas com deficiência, crianças e idosos, há outros barulhos amedrontadores aos animais muito comuns neste período: as trovoadas de verão. Segundo a médica veterinária Priscila Mesiano, da Clínica Amigo Bicho, em Petrópolis, os animais possuem capacidade auditiva muito superior à nossa, e por isso, sentem tanto incômodo com artefatos utilizados nas celebrações. “Cães, gatos e até silvestres sofrem com o problema, mas enquanto gatos ficam quietinhos, cachorros começam a tremer, ficam nervosos e procuram um lugar para se esconder”, destaca.

    Estar presente junto aos animais domésticos e manter um som ambiente no dia mais barulhento do ano, é considerado o comportamento ideal para Priscila: “Além de evitar utilizar os artefatos e permanecer com os animais no interior da residência, é importante não confirmar o medo do peludo, digo, se o responsável percebe o sentimento no animal, não deve acariciá-lo neste momento”, ressalta a profissional, que orienta donos a deixarem nome e telefone em plaquinhas de identificação ou até mesmo escrito a caneta nas coleiras de cães e gatos, pois a agitação causada pelos fogos, somada ao entra e sai das visitas, costuma ser grande motivo de fugas. Também é fundamental não deixá-los acorrentados, pois podem se enforcar, provocando a morte do animal.

    Outra técnica que pode ser utilizada é a de dessensibilização sonora sistemática. Consiste em trabalhar com um aplicativo de celular que simula estampidos de fogos e uma caixinha de som via Bluetooth. Aos poucos e gradativamente, coloca-se o barulho perto dos cães do nível um ao nível 10, sendo a cada dois dias um nível, variando também os tipos de fogos. Ao fazer o exercício, observar se o animal está se acostumando ou não e aí vai se limitar ou não o volume do aplicativo. A dica é importante para dessensibilizar o animal diante destes sons. Além disso, é fácil e não há custos extras.

    Para a protetora Mariana Davies, fundadora da ONG Somos Todos Protetores, as pessoas devem se precaver contra os fogos, mesmo com a nova regulamentação no município. “É preciso continuar protegendo os animais  do barulho dos fogos porque a lei foi regulamentada, mas ainda não se sabe como vai ser a fiscalização. Até porque também é fundamental que se proíba a venda. Além disso, quais as garantias de não haver retaliações em casos de denúncia? Enfim, tudo isso pode ser organizado para o fim de 2022, mas para 2021 ainda há uma série de dúvidas. As pessoas, em vez de gastar com fogos de artifício, poderiam doar ração ou ajudar um grupo de proteção que seria muito melhor”, sugere.

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