• Vermelho Camaleão

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  • 17/10/2018 09:50

    Pronto. Aí está a resultante do pleito: sobraram quatro candidatos ao segundo turno. Trocando em miúdos, dois para o governo federal e dois disputando o executivo estadual fluminense.

    Na mesma eleição, infelizmente, optou-se pelo sepultamento dos cavalos das “Vitórias” (comento, sim, mais uma vez, esse plebiscito fora de propósito e esquisito, lamentando profundamente que políticos tenham sepultado mais uma tradição importante e valiosa de nossa cidade). Foi-se uma riqueza da “Cidade Imperial” e incinerada na fogueira da inconsequência uma de nossas mais charmosas atrações – encanto do turismo na serra desde a fundação de Petrópolis.

    Na esfera política, a (ufa!) constatação: o povo rejeitou e rejeita, finalmente, o tsunami vermelho que estava e está destruindo o país. Embora o poste vermelho (perdão, agora ele é verde-amarelo-azul e branco) tenha conquistado o direito ao turno seguinte, em verdade, isto ocorreu graças à eterna exploração do sentimento puro de parte do povo nordestino, pele-e-osso, analfabeta política, muitos cidadãos e suas famílias postados em eterna sesta mesmo sem ter provado refeição dia após dia e sobre as bolsas- salários nas redes balouçantes da inércia.

    O candidato  filho do bolivarianismo chega à disputa do majoritário previsto na Constituição Brasileira, (não a da Bolivia ou Venezuela e outras da América Latina) e logo muda os discursos e a cor de sua logomarca, falando pelos cotovelos uma imensidão de vazias promessas e abobrinhas, sob o balançar da cabeça – que me parece bem oca – da candidata a vice, que vem do vermelhão Partido Comunista do Brasil e que aceita tudo pela gana do poder, desprezando os conteúdos de seus corolários marxistas, leninistas, stalinistas, castristas, maduristas, chavistas, evomoralistas, kirschinistas, pinochistas, lulistas e mais e mais.

    Matuto seriamente: se o candidato lulista vencer e no meio da jornada tropeçar, cair, se ausentar por viagem e doença, a mocinha assume a presidência. E, então? Bem capaz do país sentir saudades da Dilma… E relembrar o Barão de Itararé, Stanislaw Ponte-Preta e Millor Fernandes, três dos maiores gênios do humor brasileiro.

    Os candidatos mais bem situados nas pesquisas para abiscoitarem o 2º turno – federal e estadual – traduzem a mudança, a busca de novos nomes, novas propostas, porque o que nos rege implodiu, está viciado e navegando em naus fantasmagoricamente já naufragadas.

    E, senhoras e senhores, está-se devolvendo ao ostracismo as falsas e carcomidas pérolas que exploraram a inocência própria do analfabetismo endêmico – que cultivam e incrementam – em proveito da medonha e

    avassaladora corrupção financeira – e pior: moral.

    E, uma constatação final, como mote para futura crônica: os postulantes do 2º turno falam de tudo, sempre superficialmente com palavras ao vento, sem projetos lúcidos e ignorando a educação e a cultura … para priorizar a economia.

    Como se a economia e tudo o mais não dependesse da educação e da cultura!  Acorda, gente!

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