Vereadores deixam na gaveta votação de contas de prefeitos
Em um ano eleitoral como este que estamos, qual a chance de os vereadores colocarem contas de prefeitos para serem votadas, principalmente as rejeitadas? E se for em gestões em que o governo (dependendo do assunto) tem a maioria na Câmara? Não vai acontecer. É o nosso caso: a Câmara de Vereadores engavetou a votação de cinco contas de prefeitos: as de Bomtempo de 2016, rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado; as de Bernardo de 2019 e 2020, também com anotações do TCE, e as de Hingo Hammes, de 2021, essas aprovadas pelo Tribunal, e as de 2022, de Bomtempo, também aprovadas pelo TCE. A não votação das contas 2016 de Bomtempo, rejeitadas, impede todas as demais irem a plenário.
Os “riscos”
Funciona assim: a Câmara de Vereadores é que decide se mantém ou não a decisão do Tribunal de Contas do Estado. Se a Câmara de Vereadores confirmar a rejeição das contas e essa decisão se tornar irrecorrível, então o gestor pode se tornar inelegível, conforme previsto na Lei da Ficha Limpa. Mas, os vereadores podem contrariar o parecer do TCE e votar pela aprovação das contas. Porém, esse ônus eles não querem porque se torna público e vira meme com aquelas fotos dos que aprovaram e coisa e tal. Então, o negócio é empurrar com a barriga.
Peleja
Tá boa a briga para ser vice de Hingo Hammes. Bernardo Rossi quer emplacar Baninho e Washington Reis, presidente do diretório estadual do MDB, quer o empresário Cláudio Mohammad. Hammes tá em cima do muro e aguarda que Castro e Reis se entendam, mas vem dando uma moral para BR e Baninho nas redes sociais.
Candidatura própria
Já o MDB, pressiona porque a meta do partido é lançar nomes a vice em todas as cidades ou… concorrer com candidatura própria, o que pode rolar em Petrópolis. E aí que pode até ter Leandro Sampaio, no Podemos, como vice… Ou Mohammad ser vice de Leandro. Na política tudo depende de vaidades e pesquisas.
Apoio
E ainda tem o União Brasil, que era considerado da base de apoio de Bernardo (leia-se de Hammes) soltinho na pista pra formar com o MDB e o Podemos. Quem sabe, né?
Visão
O anúncio do nome de Leandro Sampaio como candidato causa rejeição nas redes sociais pela ‘volta ao passado’. Mas, tem leitor da coluna já refletindo que seria ideal uma composição de Hammes com Leandro, por exemplo, juntando nome novo com a experiência.
Investimento em publicidade
Já está valendo o contrato de publicidade da prefeitura de Petrópolis assinado com a empresa Danza Estratégia de Comunicação Ltda, de Vitória, no Espírito Santo. O contrato é de R$ 4.500.000,00 anuais.
Curso para professores
Lembra que ano passado a prefeitura pagou R$ 1 milhão para levar 277 profissionais da educação ao Ceará e São Paulo para curso de formação em Lideranças Educacionais? Esse ano vai ter de novo. Mas, o custo máximo estimado é de apenas R$ 776 mil. Serão 120 viajando para o Ceará de avião e o restante de ônibus, para São Paulo.
Munição de campanha
Já era de se esperar que a prefeitura recorresse contra lei municipal que desvincula o pagamento da iluminação pública da conta da energia elétrica residencial. Com pagamentos distintos, era de se prever uma abstenção enorme de quitação da iluminação pública, mesmo porque é cara e nem sempre eficiente. Mas, a prefeitura não ia querer ficar sem R$ 35 milhões anuais de arrecadação. O Tribunal de Justiça do Estado deu liminar à prefeitura e a Câmara de Vereadores, que promulgou a lei, vai recorrer. Enquanto isso, pré-candidatos sentam a ripa em Bomtempo usando mais esse item na avaliação de seu governo.
CPTrans
Como a gente contou aqui, deu ruim na reunião do Conselho de Administração da CPTrans que iria ungir Elias Montes ao cargo de presidente no lugar de Damaceno. Montes só descobriu na hora que era um acordo caracu. Ele sairia da função se Damaceno perder pra vereador ou mesmo ganhando ele também teria ingerência na companhia. Elias desistiu e a reunião foi suspensa (e ele assume a Secretaria de Segurança, Serviços e Ordem Pública pra evitar que desembarcasse do governo). E assim, com a companhia acéfala, a reunião do Comutran também foi cancelada. É preciso correr e ajeitar a casa, afinal, o dissídio dos rodoviários, que sempre pesa na tarifa dos ônibus, já começou.
Contagem
E Petrópolis está há 337 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br