Vereador acusado de injúria racial no Rio tira do ar seus perfis nas redes
Presidente da Câmara Municipal de Embu das Artes, no interior paulista, o vereador Renato Oliveira (MDB-SP) foi detido no domingo, 23, na piscina de um condomínio em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, sob acusação de suposta injúria racial. Diferentes vídeos do momento em que o parlamentar é abordado pelos policiais viralizaram nas redes sociais.
De acordo com a Polícia Militar fluminense, as partes e testemunhas envolvidas no ‘tumulto’ foram conduzidas para a 32ª Delegacia de Polícia Civil, em Taquara. Após o ocorrido, as redes sociais de Oliveira foram tiradas do ar e perfis no Instagram e no Facebook já não estão mais disponíveis. Ao Estadão, o vereador afirmou que sua equipe está coletando materiais sobre o ocorrido para reativar os perfis e “expor nossa versão de tudo”.
Nos vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver que o vereador se nega a sair da piscina quando abordado pelos policiais, o que levou um dos agentes a entrar na mesma para retirar o parlamentar do local. Nas gravações, também é possível ouvir um dos agentes mencionando a suposta acusação de racismo e injúria racial. E outro vídeo, que mostra o parlamentar já fora da piscina, é possível ouvir aplausos de pessoas que presenciaram a cena.
Renato Oliveira negou as acusações e sustenta que não há provas do que foi dito contra ele. O vereador diz que o problema inicial estava ligado a uma caixinha de som na piscina, a qual foi desligada. Com relação à suposta injúria racial, o vereador diz que sequer se referiu ao funcionário. “Eu jamais faria isso com ele e nem com ninguém”, afirmou. O parlamentar disse ainda que três testemunhas o acompanharam até a delegacia e depuseram em seu favor. Além disso, relatou que fez denúncia por denunciação caluniosa e falso testemunho.
“Houve um desentendimento pela manhã na piscina do condomínio que causou alguma discussão da parte das pessoas que estavam comigo com outros moradores por causa de som. Eles foram orientados o som foi desligado e permaneci ali. Tenho certeza que eles não aceitam o fato de ter alguém da comunidade, que veio da favela, ocupando os espaços que antigamente só a elite ocupava. E como permaneci firme onde era meu direito de tirar o meu descanso eles acionaram a PM. A PM disse que eu estava no meu direito, uma vez que já foram atendidos as solicitações a respeito do som. Não satisfeitos, eles tiveram que inventar um crime para que eu pudesse ser conduzido. Eles disseram que eu havia feito comentário racista com um funcionário de lá. Eu jamais faria algo que eu abomino que é o racismo”, relatou.