• Vendas de cimento caem 2,4% em 1 ano e somam 4,8 milhões de t em janeiro, diz Snic

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  • 08/fev 17:47
    Por Jorge Barbosa / Estadão

    As vendas de cimento em janeiro de 2024 somaram 4,8 milhões de toneladas, o que representa uma retração de 2,4% na comparação com o mesmo mês em 2023. Se comparado com dezembro, o resultado foi 5,9% maior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic).

    De acordo com o Snic, os resultados sinalizam que o fraco desempenho em 2023 persiste no início de 2024. O setor segue impactado pelos juros em patamar restritivo e o nível de endividamento elevado, ambos os problemas exercem pressão na situação financeira e no consumo das famílias, contribuindo para a queda na confiança do consumidor, aponta o sindicato, destacando que o índice registrou o menor nível desde maio do ano anterior.

    O mercado de construção continua em queda quando se considera a venda de materiais, bem como o número de lançamentos imobiliários, destaca o Snic, que aponta o índice de confiança do setor como estável.

    “O segmento de infraestrutura ficou menos otimista, enquanto o de edificação residencial mostrou uma maior confiança, impulsionado, principalmente pelas boas perspectivas com o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)”, informou o sindicato em seu boletim mensal.

    Segundo o Snic, o governo tem se movimentado para acelerar as contratações pelo MCMV, mas o reflexo desses esforços deve ser sentido na demanda por cimentos e materiais de construção apenas no segundo semestre. Apesar do cenário incerto, a indústria do cimento segue otimista com a retomada de investimentos em infraestrutura e com a possibilidade de elevar a presença do produto no país, em conjunto com o pavimento do concreto, como alternativas nas licitações de ruas, estradas e rodovias.

    O sindicato prevê um crescimento no consumo de cimento estimado para 2% em 2024, o que representa um acréscimo aproximado de 1,2 milhão de toneladas.

    “A expectativa para 2024 é positiva, com crescimento esperado de 2%, longe ainda de recuperarmos as perdas acumuladas de 4,3% em 2022 e 2023. O aumento da massa salarial e do crédito, em razão da continuidade da redução dos juros, o programa “Desenrola”, MCMV e o Marco Legal das Garantias de Empréstimos, deverão impulsionar a atividade da construção e uma melhor performance da indústria do cimento”, afirmou o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna.

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