• Varejo pode deixar de faturar R$ 7,6 bilhões em 2019 devido aos feriados nacionais

  • 02/01/2019 10:01

    O varejo nacional deve perder R$ 7,6 bilhões em 2019 por conta dos feriados e pontes, segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Esse montante é 32% menor do que os R$ 11,2 bilhões estimados em 2018. O prejuízo será reduzido pelo fato de ter mais feriados aos finais de semana e menos pontes de emendas. No ano passado foram 15 dias entre feriados e pontes; em 2019, serão dez dias.

    O setor de outras atividades é o que deve contabilizar a maior perda, cerca de R$ 3,16 bilhões, queda de 32% em relação a 2018. É importante ressaltar que nesse grupo  predomina o comércio de combustíveis, além de joias e relógios, artigos de papelaria, entre outros. A atividade de supermercados perderá cerca de R$ 1,93 bilhões em 2019 e também deve ter retração de 32% em comparação a 2018.


    Os demais segmentos que devem deixar de faturar com os feriados e pontes são: farmácias e perfumarias (-31%), com perda de faturamento de R$ 1,1 bilhão; seguido de vestuário, tecidos e calçados (-32%), com R$ 801 milhões; e móveis e decoração (-33%), com montante atingido de R$ 620 milhões.

    A FecomercioSP desconsiderou os feriados estaduais e municipais que também prejudicam, em média, a atividade comercial. Na análise da Entidade, R$ 7,6 bilhões poder parecer que causa um enorme dano ao varejo, contudo, este valor representa 0,4% de tudo que o setor fatura em um ano, ou cerca de um dia e meio de comércio completamente fechado.

    Além disso, com a economia mostrando sinais de recuperação mais forte, a tendência é de haver um crescimento ainda maior em 2019. Para Federação, a discussão de perdas por conta dos feriados vai ficando pra trás, a expectativa é de que as famílias terão mais oportunidades de trabalho e ganho de renda, o que proverá grandes benefícios a todos os segmentos.

    A FecomercioSP ressalta que o estudo não visa analisar a transferência de renda para outros setores, sobretudo o turismo, reconhecidamente favorecido nesses períodos.

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