• Vale a pena acreditar

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  • 27/04/2019 07:00

    Cheguei até estas alturas dos quase 87 com algumas certezas: sinto-me bem quando lido com o mundo dos ofícios que atravessam os séculos (padeiro, marceneiro, carpinteiro, tecelão, cervejeiro, vinicultor, produtor de azeite, horticultor, criador, pescador, cronista, pedreiro e tantos mais) e inquieto quando o tema é a evolução tecnológica maravilhosa, assustadora e que escapa à dimensão humana. Pois desta corrente nascida da engenhosidade humana também decorrem a poluição, o desemprego dos não-antenados, as legiões de desajustados, a Natureza agredida. E acredito na gestão participativa, na capacidade das pessoas em definirem, democraticamente os seus rumos e metas sem necessidade de tutores. Acredito que prefeitos e vereadores são administra-dores da execução da vontade do dono, Sua Excelência Única, o Povo. Por isto, me encanta a perspectiva de ver nascer, aqui em Petrópolis, o 1º plano estratégico com horizonte a 20 anos, cobrindo todo o território municipal e todas as áreas que administram o bem-comum, inclusive as que cuidam de efetivos, previdência, grana e outras, que os partidos reservaram para si, como se fosse praia particular (que a Lei veda).

    Nesta caminhada que escolhi para balizar os meus passos, especialmente decepcionante, árida, cheia de caneladas e nenhuma compensação, tenho que ressaltar algumas exceções tão bacanas que compensam, com sobras, tudo o mais. Conheci na gestão participativa as pessoas mais fora de série que poderia imaginar. Ainda encontro, aqui e ali, com-panheiros dos anos oitenta, veteranos da Primavera de Petrópolis e a mágica sempre ocorre: sentimo-nos irmãos e irmãs, um sentimento de comunhão quase-religioso se instala, ninguém precisa evocar fatos precisos para experimentar um conforto familiar. Recuso-me a citar nomes, embora dezenas me ocorram, para não esquecer quem deveria ser lembrado.

    Quero citar um fato que me deu uma imensa alegria. A Pre-feitura organizou um serviço de informações que transformou, de uma hora para outra, diálogos protelatórios ou ásperos em perguntas e respostas naturais e mutuamente respeitosas. Parabéns ao e-SIC. Se não costumo aplaudir as nossas autoridades, é por falta de oportunidade, pois gestão participativa não se faz sem que se estabeleça o respeito nas duas mãos.

    E preciso aplaudir publica-mente a excepcional acolhida que mereci na Comdep. O seu presidente é pessoa que respeito há muito tempo, Wagner Silva. Mas, à pergunta minha via e-SIC, quem respondeu foi o Dr. Marco Tesch. A dúvida que eu desejava esclarecer e formulei num dia, foi respondida com eficácia e total gentileza pelo Controlador da Comdep. O prazo legal é de vinte dias, foi reduzido para 48 horas, se tanto, e as portas para novos contatos deixadas amplamente abertas.

    Aplaudo, bato palmas, digo de minha juvenil satisfação. Sim, vale a pena. Sim, é por aí. Ouso convidar os líderes do plano estratégico a usarem destes caminhos e contatos para estreitarem as relações Povo-Governo, para produzirem um plano estratégico que atenda nossos anseios.A todos, obrigado. Valeu, com sobras.

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