Vadinho tem habeas corpus negado
A desembargadora Katya Monnerat da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, negou hoje (23) o pedido de habeas corpus feito pelas advogadas do ex-vereador Osvaldo do Vale, o Vadinho. No seu despacho, a desembargadora alegou que "a prisão estava bem fundamentada", por esse motivo estava negando o pedido de soltura.
Vadinho está preso em um presídio no Rio de Janeiro, na localidade de Benfica, desde o dia sete acusado de crimes de peculato, concussão e associação criminosa. Com o pedido de habeas corpus negado, o ex-vereador continua detido até que saia o sentença, o que deve acontecer em cerca de seis meses.
Além de Vadinho, outros dois assessores – Marcos Antônio Felix da Silva, o Marquinho e Angela Regina Borsato dos Santos – também continuam presos. Não há informações sobre pedidos de habeas corpus em nome deles. Os outros assessores do ex-vereador – Jaqueline Batista de Jesus e Luiz Otávio da Costa Penna – já foram soltos. Os dois assinaram acordos de delação premiada no Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ). O conteúdo das delações ainda é sigiloso.
O esquema de corrupção da Câmara Municipal está sendo investigado desde setembro do ano passado, quando uma ex-assessora de Vadinho denunciou a prática de extorsão, quando o ex-vereador exigia dos servidores que devolvessem parte dos salários. Vadinho também é acusado de contratar funcionários fantasmas.
Após a prisão de Vadinho e dos assessores, foi montada uma força tarefa formada pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, a Polícia Civil, o Judiciário e o Grupo de Atuação Especial no combate ao crime organizado (Gaeco) formado por promotores do MPERJ especializados nos crimes de corrupção para investigar o esquema de corrupção no Legislativo.