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  • 25/02/2021 16:17
    Por Joaquim Eloy dos Santos

    Agendei a minha vacina. Dentro de alguns poucos dias entrarei na trilha da agulha que espero contenha o precioso passaporte para continuar vivendo um pouco mais.

    Apesar de fragilizado pela provecta idade (olha ai, uma expressão muito antiga –  provecta mesmo – para ser buscada no “Aurélio”), tendo ultrapassado em seis anos os oitenta, meu direito está garantido e agendado junto ao setor da saúde municipal.

    Espero que receba algo que não seja vento, vácuo, falta de vergonha, ausência de humanidade, e abrigue em meu braço os anticorpos que entrarão em luta contra os assassinos pandemônios, que explodiram no planeta, e vem ceifando vidas avassaladoramente.

    Nenhum egoísmo, senão o de toda criatura humana, encaminhada à crença na vida após a morte terrena, e no contraponto, fugindo dos pecados para ganhar um lugarzinho especial ao lado do criador, porém agarrado à denodada luta para não morrer. Que espere o céu!

    Falando de vacina, vacinação, a ciência tem feito a sua parte, pesquisando meios e formas de enfrentar doenças e as vacinas entram na batalha contra os vírus que vão surgindo, naturais e fabricados, para garantia da sobrevivência da vida no planeta Terra.

    Tem sido extraordinário o trabalho dos cientistas de todo o mundo na busca dos agentes mais eficazes para deter a trajetória assassina desses invisíveis e impiedosos agentes da morte. Quando a eficácia é conquistada, a população mundial respira aliviada e corre aos postos de vacinação enquanto alguns agentes que deveriam ser anjos, mostram as demoníacas faces do desprezo pelo semelhante, roubando frascos das vacinas e seringas e injetando nas indefesas artérias vento, água potável e poluída, enfim, a morte… E, talvez, piores, aqueles que desaconselham a vacinação por rasteiras brigas políticas.

    Na outra face, um outro problema tem sido os festeiros que descumprem todas as cautelas, ensandecem-se no frenético da irresponsabilidade, contaminam a todos, empobrecem a dignidade ao troco de um divertimento fugaz e passageiro e decididamente imoral.

    Trabalhadores autênticos contabilizam enormes prejuízos, nesses duros tempos pandêmicos, impedidos de exercerem suas profissões, seus trabalhos, cumprirem seus empregos e obrigados a frequentar as ruas, como heróis da resistência. A miséria estende seu manto e a vida se torna um fardo pesado e desumano.

    E a solução é a vacina, direito de todos, objetivo que deveria ser o norte da vida; dever para consigo e seu semelhante… sim senhores, a vacina, que jamais poderia ser objetivo de campanhas de incentivo porque ela representa a vida saudável para todo o planeta. Um objetivo natural e consciente.

    Vacinemos a todos, como tem sido assim diante de outras epidemias que grassaram, foram vencidas e têm prevenção, cada uma delas, “shakespereando” o clássico comando:   

    Vacinar ou morrer, eis a questão!

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