• Cidade do Rio recebe mais 46 mil vacinas da Pfizer; vacina ficará em freezers emprestados

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  • 04/05/2021 09:15
    Por Jefferson Perleberg, especial para AE / Estadão, com informações da Redação Tribuna

    A Secretaria de Estado de Saúde recebeu ontem (3) à noite, do Ministério da Saúde, 46.800 doses da vacina Pfizer contra Covid-19. Todas as doses serão enviadas para utilização no município do Rio de Janeiro. 

    De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina será destinada à primeira aplicação de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente. O intervalo entre a primeira e segunda dose é de 12 semanas.

    Freezers emprestados

    Para dar conta dessa demanda, autoridades da saúde, pelo País, têm recorrido a empréstimos de freezers de hospitais e universidades. É o caso da prefeitura de Porto Alegre, que fez parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A instituição cedeu ultrafreezers com capacidade de até 4 milhões de frascos para garantir a conservação das vacinas. No primeiro lote, o Estado receberá 32.760 doses.

    “Desde dezembro colocamos à disposição do Ministério da Saúde os ultracongeladores da instituição. É um equipamento muito utilizado nas pesquisas, compramos mais cinco unidades ano passado”, afirma Geraldo Pereira Jotz, pró-reitor de Inovação e Relações Institucionais da UFRGS. A instituição tem mais 20 aparelhos do tipo, “mas nenhum é usado em sua totalidade. Três ainda estão na caixa”, afirmou.

    Florianópolis também terá três desses equipamentos da Universidade Federal de Santa Catarina, com capacidade para 948 litros, e é prevista a cessão de um quarto. Os ultrafreezers foram transportados esta semana para rede de frio municipal. Segundo o governo catarinense, na 1.ª remessa chegarão 17.550 doses, a serem distribuídas a Florianópolis (10.530 doses) e São José (7.020 doses). “Somando às novas doses de AstraZeneca, que chegam neste fim de semana, devemos avançar para 62, 61 e 60 anos até semana que vem”, escreveu no Twitter o prefeito da capital, Gean Loureiro (DEM).

    A Secretaria da Saúde de Sergipe vai conservar as vacinas com freezers próprios, com temperaturas entre -15º e -20º. Se preciso, usará o freezer de ultracongelamento da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

    Conforme o Ministério da Saúde, as doses serão entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC, e a conservação vale por apenas 14 dias. Após ser armazenada entre 2ºC e 8ºC, o prazo para aplicação é reduzido para cinco dias. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o transporte e armazenamento a -20ºC por um período único de até duas semanas. Em Cuiabá, no Mato Grosso, o Hospital Geral e Maternidade também cedeu à prefeitura um ultrafreezer com capacidade de 486 litros e temperatura de até – 86ºC.

    Licitação

    Outra regiões fizeram as próprias compras para armazenar os produtos. A Bahia abriu licitação para 100 ultracongeladores e 30 já foram distribuídos a nove macrorregiões. “Essa é uma realidade bem diferente de outros Estados, que concentram a infraestrutura na capital”, afirmou Fábio Vilas-Boas, secretário da Saúde baiano. O Paraná tem nove freezers para armazenar o imunizante, sete de ultrabaixa temperatura (-80ºC) e dois de temperatura de -20ºC. Já no Distrito Federal o ultracongelador tem capacidade de 570 litros e guarda até 40 mil doses.

    O acordo da gestão Jair Bolsonaro com a Pfizer prevê 100 milhões de doses. Foi fechado neste ano após entraves no ano passado, quando 70 milhões de doses foram oferecidas e o governo recusou.

    São Paulo

    A Prefeitura de São Paulo alterou uma de suas câmaras frias, de 100 metros cúbicos, para -25ºC. Ela poder receber 4 milhões de doses durante 14 dias, conforme orientação da Pfizer. A capital tem ainda outras câmaras em quatro pontos de distribuição e deve receber cerca de 135.720 doses da vacina Pfizer. O Município receberá as doses na temperatura entre -25ºC e -15ºC, podendo mantê-las nessa faixa por até 14 dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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