• UTI adulto: prefeitura tenta de novo, no dia 07, contratação de 12 leitos

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  • 02/07/2023 04:02

    Pela quarta vez nos últimos anos, a prefeitura tenta licitar a contratação de 12 leitos de UTI adulto. Foram feitas tentativas em 2020, 2021 e a última, agora, em maio. Nas anteriores teve questionamento de participantes, mas na mais recente nem houve interessados. Para a próxima, o  valor de gasto de diária permanece exatamente o mesmo, uma soma de R$ 9 milhões, por ano. Assim, o custo diário de cada leito seria em torno de R$ 2 mil. Porém, hoje o preço no mercado não seria inferior a R$ 2,3 mil.

    Supressão de cinco leitos

    Enquanto isso, a prefeitura publicou somente agora, em Diário Oficial, contrato com o HCC de fevereiro de 2022 em que renova o acordo com a unidade particular que já existia desde 2020, retirando cinco leitos do fornecimento. Desde então, são 15 leitos de UTI, custo de R$ 15,5 milhões anuais.  É aí que dá um nó na cabeça. Se a prefeitura licita 12 leitos sem sucesso desde 2020, por que em 2022 abriu mão de cinco que estavam contratualizados num total de vinte com o HCC?

    Deserta

    Acho que o pessoal se encalacrou nessa… A prefeitura realizou na segunda-feira licitação para escolher o banco que vai administrar as contas-salário de cerca de 12 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas da administração direta e indireta do município. E avaliou o serviço em R$ 34,8 milhões. E advinha? Nenhum banco se interessou.

    Deu ruim

    Ocorre que desde 2018, as contas são geridas pelo Santander que venceu o certame oferecendo R$ 22 milhões para administrar a folha que é de R$ 450 milhões anuais. Só que o contrato com Santander expirou os 60 meses permitidos por lei e agora tem que haver nova concorrência. Então, o primeiro certame foi marcado a toque de caixa. Porém, se a nova concorrência for deserta novamente, a prefeitura poderia contratar direto sem licitação. Mas, não pode reduzir o valor, afinal, foi feita pesquisa para embasar o edital. Assim, se ninguém se interessou na concorrência, porque o valor é alto, quem vai se interessar em ser contratado direto pelo mesmo valor que não pode ser reduzido?

    Uma das principais entradas da cidade, o Bingen, também sofre com o descarte de entulho, um problema cultural em Petrópolis e de saúde pública. E não apenas neste, mas em muitos outros trechos e pior: na beira do rio.

    Verba dispensada

    Você acompanhou aqui nas páginas de Cidade que Petrópolis perdeu R$ 286,5 mil do governo federal para a reforma da única pista de skate do Centro, na Praça Duque de Caxias, recursos de emenda parlamentar do deputado federal Hugo Leal. A verba foi anunciada há um ano – isso mesmo, um ano – e neste período a prefeitura não prosseguiu com o processo. E olha que a gente tem uma Secretaria de Esportes.

    Já perdemos mais

    Mas, vamos considerar que já perdemos mais coisas. Em 2015, Petrópolis perdeu R$ 50 milhões do governo federal do PAC da Mobilidade porque não apresentou projeto. 

    Dá no mesmo?

    Serra da Saudade, em Minas, é a cidade menos populosa do Brasil, de acordo com o Censo 2022, divulgado pelo IBGE. O município, localizado a 260 quilômetros de Belo Horizonte, tem apenas 833 habitantes. E lá são nove vereadores. Isso dá 92 habitantes por vereador. Será que resolve? A cidade não tem hospital e conta com apenas um centro de saúde…

    Petrópolis tem uma praça que homenageia uma das maiores personalidades que viveu em Petrópolis: o escritor austríaco Stefan Zweig, que escolheu o município quando veio para o Brasil na década de 1940. Ela fica na Rua Oscar Weinschenck, entre as ruas da Imperatriz e Irmãos D’Ângelo, no Centro e foi inaugurada em 2019. Mas, precisa de manutenção, né? Olha o estado da ‘grama’.

    Mais uma vez

    De novo a prefeitura abriu licitação para exploração do bar da Praça da Liberdade. O certame estava marcado para o dia 04 de agosto com lance mínimo de R$ 21 mil pela exploração por cinco anos. E, mais uma vez – porque há dois anos também foi assim – o explorador atual do espaço pediu a impugnação do edital porque a prefeitura não tem a posse da área. Em 2004 já deu um ruim tremendo com o prefeito respondendo por improbidade, porque houve prorrogação da exploração mesmo depois de expirado prazo.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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