• Uruguai supera Venezuela, fica perto da Copa e Brasil carimba passaporte se bater o Paraguai

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  • 10/jun 21:59
    Por Estadão

    Apenas uma zebra gigantesca tira a vaga direta das potências da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026, a ser disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. Com a tetracampeã Argentina já garantida, o Uruguai encaminhou a classificação ao fazer 2 a 0 nesta terça-feira sobre a Venezuela e deixou Brasil, Equador e Paraguai com o passaporte quase carimbado – a Colômbia corre por fora pela sexta e última vaga. Os brasileiros necessitam, somente, ganhar dos paraguaios, que jogarão pela igualdade, na Neo Química Arena, ainda nesta noite.

    Ameaça da vaga direta de diversas seleções nesta rodada, inclusive a brasileira, a Venezuela fracassou em sua missão de ampliar o jejum de vitórias dos bicampeões uruguaios ao fracassar em Montevidéu. Com futebol pobre, se manteve com 18 pontos e agora foca na briga pela vaga na repescagem com a Bolívia, que subiu para os 17 pontos ao bater o lanterna e eliminado Chile.

    O Uruguai fez uma festa enorme em Montevidéu com motivos. Depois de apenas dois pontos somados nos últimos 12 disputados, desencantou, subiu para os 24 e só pode ser alcançado pelos venezuelanos, mas tem um saldo de gols bastante favorável restando duas jornadas: 7 a -4.

    JOGO RUIM E GOLAÇO DE ARRASCAETA

    O Uruguai entrou em campo pressionado pelos quatro jogos sem triunfos e com uma escalação ofensiva, com Arrascaeta na armação para três atacantes na frente. Desencantar diante de uma empolgada Venezuela, vindo de duas vitórias, seria encaminhar a vaga e a ordem era sufocar em Montevidéu.

    Do outro lado, Soteldo, negociado com o Fluminense para a disputa do Mundial de Clubes, carregava a esperança de ditar o ritmo venezuelano, que precisava dos três pontos para entrar na briga por vaga direta à Copa do Mundo, o que prometia uma grande disputa na gelada noite uruguaia de 10 graus.

    O começo do jogo foi como era esperado, com a equipe celeste pressionando, enfileirando escanteios e, por pouco, abrindo o marcador com o capitão Giménez, de cabeça. Mandou pelo alto e lamentou bastante a falta de pontaria. A Venezuela sequer passava do meio-campo, mostrando um exagerado respeito aos instáveis oponentes.

    A competitividade defensiva rapidamente roubou as ações, com a briga pela bola tomando lugar do brilho e da ofensividade. Com equipes amarradas e pouco criativas, finalizar ao gol virou ato de luxo e o jogo se tornou algo monótono e sem graça. A batida de Arrascaeta pelo alto mostrou o quanto o nervosismo cercava as seleções na metade da etapa. O Uruguai vivia apenas de chuveirinhos e a Venezuela aguardava um contragolpe.

    O empate no decepcionante confronto parecia se arrastar até o descanso quando mais um cruzamento à área terminou com bola na rede. Olivera cobrou escanteio, a defesa venezuelana não cortou e Aguirre apareceu livre para cabecear entre as pernas do goleiro Romo e alegrar os torcedores uruguaios que lotaram o estádio Centenário.

    Até então feio e de poucas emoções, o jogo voltou do vestiário com o Uruguai garantindo o alívio de sua torcida com um golaço de Arrascaeta em chutaço de fora da área logo aos dois minutos.

    A pintura do flamenguista estragou todos os planos traçados pelos venezuelanos no intervalo. A desvantagem que já era complicada se tornou gigantesca. Mesmo com modificações, a visitante pouco ameaçava o gol de um tranquilo Mele. Na verdade, quem mais tinha chances de anotar eram os uruguaios, com mais espaço para atacar.

    O técnico Marcelo Bielsa demorou para mexer no Uruguai. Mas quando o fez, foi para fechar ainda mais a defesa. Não precisava de mais gols. A Venezuela, por outro lado, não conseguiu mostrar forças para reagir, apesar de duas boas finalizações no fim, e a festa celeste se confirmou, com merecimento, em jogo sofrível.

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