• UPA Centro só reabre em outubro e vereadores falam em reduzir emergências

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  • 02/03/2023 02:02

    Fechada desde fevereiro de 2022 quando as chuvas também interditaram o prédio, a UPA Centro só deve abrir em outubro. A obra de contenção de encosta do local começou em janeiro ao custo de R$ 3,6 milhões. Se cumprir a expectativa que o Secretário de Saúde, Marcus Curvelo, apresentou em audiência pública na Câmara de Vereadores, serão quase dois anos com a emergência fechada.  São quase 400 atendimentos diários que deixaram de ser realizados no local e vem sendo feitos no Nelson de Sá Earp, de forma precária, ou na UPA Cascatinha ou Pronto Socorro do Alto da Serra.  

    Menos emergências

    Vereadores vem defendendo o fechamento de portas de emergência e uma delas poderia ser a UPA do Centro. No pensamento deles, tem o Hospital Nelson de Sá Earp, UPA Cascatinha e o Pronto Socorro do Alto da Serra em funcionamento e a UPA Centro poderia ser dispensada. Só o Alto Independência tem 38 mil moradores e o Quitandinha inteiro teria mais de 60 mil pessoas. Todos indo pegar dois ônibus com idosos e crianças passando mal para chegar no Bingen, Cascatinha e Alto da Serra.

    No último fim de semana a parada do show “Nossa Voz”, com Padre Omar e o Dó Ré Mi foi na programação de aniversário de 156 anos de Paraty.  O espetáculo fez o maior sucesso na praia do Pontal. O secretário de Turismo da cidade, Marcos Paulo Magalhães Coutinho fez as honras da casa e a mãe, dona Delma, que estava animadíssima, fez questão de posar com os cantores.

    E a fila?

    No caso da saúde ainda tem um assunto atual que merece toda a atenção: a recusa de dois hospitais particulares em atender pelo SUS em UTIs e leitos clínicos. O caso foi parar na justiça, inclusive. E até agora são 36 pacientes aguardando por vagas em clínica médica, número divulgado pela prefeitura e nenhum vereador– atenção ne-nhum – perguntou quantas pessoas estão graves esperando fila em UTI. A prefeitura anunciou que está fazendo um chamamento público para contratar outros hospitais, mas até lá como e onde estão estes pacientes?

    Outra realidade

    Quem sacudiu a reunião foi a bispa Eliane, pastora evangélica do Alto da Serra que iniciou assim a fala: “muito foi dito essa noite e pouco tem sido visto. Realidade aqui é uma e lá fora é outra”. Teve apenas três minutos para falar e enumerou problemas de pessoas de seu bairro: “falta endoscopia digestiva, fisioterapia para crianças, psicologia para vítimas das chuvas, ultrassom, tem gente que cegou por falta de tratamento, colonoscopia aguardando há mais de três meses e sem vaga de consulta no postinho”, enumerou dizendo que tem documentos de todos os casos.  

    Fogo amigo

    Saiu em ‘defesa’ do governo o presidente do Sehac, o serviço que administra o Hospital Alcides Carneiro, falando de uma forma geral das melhorias, e de uma em específica em que derrapou: “dobramos o número de endoscopia. As pessoas esperavam antes três anos e agora esperam um ano e pouco”. Mas, gente…

    Ambulâncias

    Vereadores e deputados como Bernardo Rossi, Hingo Hammes e Dudu fizeram fila para gravar, em separado, vídeos e tirar fotos com o governador Claudio Castro e o secretário de saúde, Luizinho, na entrega de ambulâncias. A solenidade foi no Corpo de Bombeiros daqui na manhã de ontem. Gente, vamos avançar. Entrega de ambulâncias não emociona mais, não.

    Marmitex

    A gente ficou curioso com um saco plástico amarelo que o secretário de Saúde, Marcus Curvelo, levou para a audiência pública com os vereadores. O que teria em seu interior? Partisans apostam numa marmitinha porque a reunião levou três horas e se bobear Curvelo não quis participar do lanche fino dos vereadores na Sala Vip porque ele não é desses, não. Aliás, os vereadores tem medo do Curvelo. É um rapapé jamais visto na história do legislativo.  E quando o homem se enfeza (pilha rápido, inclusive) fica todo mundo pianinho.

    Bate-boca

    E Curvelo e Peralta bateram boca sobre o formato da reunião. O secretário ficou irritado com a abrangência das perguntas que não foram especificamente sobre o quadrimestre. O copo transbordou depois das críticas do povo presente e ele enquadrou Peralta: “o senhor é médico da rede e seus números de trabalho estão contidos estão sendo apresentados no quadrimestre”.

    O pessoal do Humberto Rovigatti não está tendo paz. Desta vez a queixa é sobre a falta de coleta de lixo, que antes era feita pelo menos três vezes por semana. E já vai fazer sete dias que o caminhão não passa lá. O lixo chega a cumular no ponto de ônibus e o cheirinho tá brabo.

    Horário do SMS

    A gente recebeu um torpedo avisando da chuva na terça-feira às 19h50, texto emitido às 19h40 quando já chovia torrencialmente há uns 15 minutos.  Como faz para sair de casa depois que desce a enxurrada é que a gente quer saber.

    Protocolo

    Outro ponto sobre as chuvas: o protocolo de fechamento de rua precisa ser ampliado. Porque fecha a Coronel Veiga, mas não fecha a Rua Mosela, onde o rio também transborda?  Também não fecha a Alfredo Pachá, a rua do Palácio de Cristal e a Paulo Hervê, no Bingen. E nestes locais, na segunda-feira, os carros quase boiaram.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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