• Uma esperança

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  • 01/07/2017 13:30

    Convidado pelo Globo na sexta edição do encontro  “E agora, Brasil? “ , o prefeito de São Paulo, João Doria, teve desempenho parecido a um outro, novo e diferenciado perfil do tradicional e surrado homem público brasileiro.

    Discorreu sobre a ação da Cracolândia, o combate ao excesso de burocracia, a posição adotada em minimizar a influência política no preenchimento de cargos públicos, o fim da fila para a realização de exames médicos, a redução do número de crianças fora da creche, etc… 

    Garantiu ter recebido a prefeitura com déficit de R$ 7,5 bilhões mas prefere olhar para a frente, corrigir o errado a fazer politicagem como se tivesse recebido a “herança maldita”.

    Elegeu a saúde como a sua prioridade de gestão e prometeu solucionar definitivamente a grave questão social da Cracolândia.

    Não se acanhou em defender a extinção da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil eis que considera desnecessária a existência de dois bancos públicos que onerariam demasiadamente o país.

    Nem mesmo a sempre polêmica questão da privatização da Petrobras o deteve em emitir a sua opinião favorável ao aumento da participação do mundo privado na administração da empresa.

    A cada vez que se apresenta publicamente o prefeito paulistano o faz como um competente gestor que corajosamente diz não se intimidar diante dos graves problemas da cidade de São Paulo, sempre externando otimismo e coisas positivas.

    Em quase seis meses de governo à frente da prefeitura de São Paulo a população tem aprovado a atuação de João Doria, considerando-a moderna, eficaz, honesta.

    Cada vez mais Doria vai se inserindo no cenário político nacional com uma considerável aceitação dos mais diversos seguimentos da sociedade civil e até mesmo dentro do seu próprio partido, o PSDB, o que já sinaliza uma notável simpatia a uma eventual candidatura a presidência da república em desfavor do seu padrinho político, o atual governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

    Seis meses de governo é pouco para uma avaliação mais apurada do seu desempenho que,  afinal,  atestado como bom, o país poderá estar diante de uma boa opção de um novo perfil de homem público.

    Não há de ser demasiado lembrar que a desonestidade intelectual daqueles que (des) governaram o país na quase última década e meia foi a tônica, a “pièce de résistance”, ao usar inescrupulosamente de mentiras como a argamassa a sustentar os seus castelos de areia a exemplo do discurso petista de 20 anos de que no poder seria o partido da ética e que resultou no que estamos assistindo.

    Concorde-se, ou não, com João Doria, seu comportamento, discurso e postura evidenciam honestidade intelectual, destemor e diferenciação às simples e irresponsáveis retóricas,  jogos de palavras, mentiras.

    marcosbaccherini@yahoo.com.br


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