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  • 19/10/2023 03:19

    Não há uma única pessoa na cidade que possa estar se sentindo tranquila com os temporais dos últimos dias. Mesmo as que não residem em área de risco têm medo, em solidariedade aos demais que precisam estar nos morros por falta de opção e também porque não conseguem evitar, por força do trabalho e dos estudos, deslocamento em locais de alagamentos e inundações. Petrópolis é uma cidade que não dorme mais tranquila desde o primeiro temporal, de terça, que inaugurou essa falta de sossego que a gente experimenta a cada temporada de chuvas fortes.

    Mais uma vez

    Estamos roucos de tanto falar sobre isso e aconteceu de novo com o temporal da madrugada de terça: não adianta SMS ou tocar sirene depois que o temporal já começou. De madrugada ainda piora a situação porque quem consegue sair de casa no meio da enxurrada, no escuro, levando criança, pet, idoso, cadeirante? Petrópolis ainda está longe, muito longe de saber lidar com as chuvas e retirar as pessoas dos locais de risco com segurança. A cultura da prevenção evacuando as áreas depende de conscientização e saber operacionalizar a questão.

    Responsabilidade

    E é aí que também reside um enorme ‘problema’ que nossos gestores talvez não queiram enfrentar ainda que ele seja a solução. Se a gente tiver um radar próprio – ou conveniar com equipamentos de cidades que usam a tecnologia – como vamos lidar com a evacuação preventiva de 50 mil pessoas que residem em 234 áreas de risco?  Porque não basta ter o equipamento. É preciso saber agir a partir as informações que ele pode fornecer. E se o governo souber com antecedência de quatro horas, que é o tempo que a tecnologia avisa do temporal e sua localização, vai ter que remover as pessoas porque se não o fizer será sua a responsabilidade.

    Em tempo

    O radar banda x, esse que não temos, e que faz as previsões com até quatro horas de antecedência, custa R$ 3,5 milhões.

    Amanhã, às 16h, na Câmara de Vereadores, haverá audiência pública com o objetivo de convocar as empresas responsáveis para a retirada dos fios “mortos” pela cidade. E não são apenas de energia, não: tem de telefonia celular e de internet. E a fiação que a gente vê em muitos pontos da cidade fica assim, como nas fotos. Rogério Guimarães, advogado ambientalista e diretor da NovAmosanta, estará presente, falando sobre a poluição visual causada por esta questão.

    Sem quórum

    E teve audiência pública na Câmara de Vereadores para  discutir a educação infantil que, entre outros pontos, carece, por exemplo, de vagas em creches. E nossos legisladores frisaram a ausência de representantes da secretaria de Educação que não mandou ninguém na audiência, um desrespeito. Mas, também só tinham três dos 15 vereadores…  Se nem os de casa vão… E se tivesse 15 colocava pressão, né?

    Já estava de olho

    Vamos relembrar que no ano passado, o vereador Mauro Peralta pediu a impugnação da eleição de Gilda Beatriz do cargo primeiro secretário na Câmara de Vereadores, isso depois de ter competido e Gilda ter recebido oito votos e ele, seis. Peralta alegou na ação que o PSD teria dois representantes na Mesa Diretora, Gilda e Coruja. Eis que com a renúncia de Gilda e a nova eleição, Peralta foi o ungido. A candidatura de Julia Casamasso, só ela mesmo levou a sério. O restante que votou nela queria apenas deixar registrado o voto em uma mulher considerando que Gilda renunciou alegando discriminação de gênero.

    O projeto Guardiões Ambientais da ong Instituto Caminho da Roça, de Secretário, está com as inscrições abertas, oferecendo aulas às terças-feiras, das 19h às 21h. Jovens com idades entre 12 e 18 anos interessados em educação ambiental e teatro são convidados a participar. As inscrições podem ser realizadas na sede do Instituto, mediante a apresentação de um documento original com foto e uma cópia.

    Perrengue

    Sabe aquela chuvarada de ontem? Imagine ficar a pé? Pois foi o que aconteceu com uma penca de gente que ficou na mão porque o ônibus quebrou. Teve casos no Carangola, Estrada da Saudade (dois Boa Vista) e Vale dos Esquilos, mencionando apenas os que a gente soube porque todo dia tem pelo menos uma meia dúzia de casos.

    Contagem

    E Petrópolis está há 161 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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