Um dos novos cardeais escolhidos pelo Papa Francisco estudou Filosofia e Teologia em Petrópolis
Neste domingo, Papa Francisco escolheu 21 novos cardeais da Igreja Católica, dentre eles dois brasileiros: Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo Metropolitano de Brasília e Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo Metropolitano de Manaus, que estudou filosofia e teologia no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis.
Os bispos serão nomeados cardeais católicos romanos em uma cerimônia chamada de consistório, no dia 27 de agosto.
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Dom Leonardo é natural de Santa Catarina. Embora seja gaúcho, o religioso tem uma ligação com Petrópolis. Se tornou frade em 1972 e, no ano seguinte, chegou à Petrópolis para cursar filosofia e teologia, quando os dois cursos eram integrados, no Instituto Teológico Franciscano. Se formou seis anos depois, em 1978.
De 1973 a 1977, Dom Leonardo também foi professor e orientador educacional no Colégio dos Meninos Cantores de Petrópolis. Formado em pedagogia, ele é mestre e doutor de filosofia. Além disso, em 2011, o atual bispo foi eleito secretário-geral da CNBB, permaneceu no cargo por dois mandatos, até 2019.
Papa Francisco e a Reforma da Cúria Romana
Frei Sandro, diretor do ITF, explica que a decisão do Papa Francisco de escolher um cardeal das mais variadas regiões do mundo tem um objetivo: fazer com que a palavra de Deus seja levada para outros locais, além da região europeia. Para explicar sobre esse assunto, o Instituto irá fazer uma live no dia 14 de junho, às 19h, no YouTube e Facebook do ITF sobre o Papa Francisco e a Reforma da Cúria Romana. A live vai contar com a presença de Mirticeli Medeiros, jornalista, vaticanista, mestre e doutoranda em História da Igreja pela Pontifícia Universidade Gregoriana.
Instituto Teológico Franciscano
Em 1873, a pedido da colônia alemã de Petrópolis, dirigida pelo Padre Theodoro Esch, coadjutor da matriz, a Câmara Municipal, com aprovação do Imperador D. Pedro II, concedeu o terreno do antigo cemitério para a construção de uma igreja, escola e residência do sacerdote.
Em novembro de 1896, vieram da Bahia a Petrópolis os seis primeiros “clérigos”, para continuarem seus estudos de “humanidades” (1896/1897), de Retórica e Filosofia (1898) e de Teologia (1899), com certeza e a sensação de que ali se construiria uma longa história, fundando o Instituto Teológico Franciscano. De fato, foi uma longa e frutuosa história, pois ali não só se formaram praticamente todos os sacerdotes da Província, como também muitos outros sacerdotes de outras Províncias do Brasil e do exterior, sacerdotes seculares e de outros Institutos de Vida Consagrada.
Ao longo de sua história centenária, o Instituto Teológico Franciscano tem exercido, através de seus ex-alunos e professores uma presença marcante na sociedade brasileira. Esta presença se deu tanto pelo trabalho humilde e escondido dos missionários como pelos numerosos bispos que deu à Igreja Católica no Brasil, todos eles formados por esta Casa de Estudos Superiores. É importante destacar a figura do Cardeal e Arcebispo emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns.
A escolha destes bispos se deve à reconhecida seriedade e profundidade dos estudos buscada pelo Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis. Estes bispos, além de sua missão religiosa, têm exercido um papel inegável na formação da cidadania de nosso povo.
A partir de 1992, devido à necessidade de novos espaços, a mantenedora comprou o antigo Colégio São Vicente, situado à Rua Coronel Veiga, 550. Estavam sendo dados passos que iriam abrir uma nova página na história do Instituto Teológico Franciscano. De fato, esta página inaugurou-se e o novo Instituto já está em sua sede, desde março de 2001, através do Curso de Teologia para Leigos, e agora, com o Curso de Teologia, Bacharelado.
O Instituto Teológico Franciscano, tem um corpo de professores de alto nível. Além disso, a instituição possui uma biblioteca considerada uma das melhores do gênero na América Latina, contando atualmente com mais de 76.100 volumes e 542 periódicos impressos. Pode-se afirmar que o ITF continua sendo fiel ao imenso e rico patrimônio construído nestes 122 anos de história.