Um ano depois, Prefeitura vai demolir 134 casas atingidas por barreiras
A prefeitura licita no dia 06 empresa para o serviço de demolição das ruínas da tragédia das chuvas de 2022. O custo é de quase R$ 5 milhões para a demolição do que sobrou de casas, na maioria, e alguns poucos imóveis comerciais. São aqueles imóveis que não poderão mais ser usados e que estão há um ano deixando os locais atingidos pelas chuvas como cenário de guerra. Tá certo que há um processo jurídico-administrativo mais complexo, mas ele podia ter sido acelerado, afinal, a prefeitura anunciou que faria a licitação há oito meses.
Antes aluguel social e, depois, nova moradia
Mas, antes da demolição, caberá ainda a prefeitura além de identificar os proprietários do imóvel cadastrá-los no “Programa Municipal de Habitação” garantindo aluguel social e uma nova moradia. Esses proprietários deverão assinar, além de duas testemunhas, um termo de ciência de que o que sobrou do imóvel será colocado abaixo.
23 bairros
A operação está dividida em cinco lotes e vai incluir Meio da Serra, Castelânea, Chácara Flora, Centro, Morin, Quitandinha, São Sebastião, Coronel Veiga, Siméria, Saldanha Marinho, Independência, Valparaíso, Alto da Serra, Caxambu, Bingen, Duarte da Silveira, Quarteirão Brasileiro, Quarteirão Ingelheim, Mosela, Vila Militar, Floresta, Quissamã, Itamarati, Corrêas e Posse. Ou seja: tem ruínas pela cidade toda. Mas, a prefeitura prevê que o serviço seja concluído em 90 dias.
Onde será o bota-fora?
A prefeitura diz que o entulho ‘será levado para o bota-fora indicado’. Onde seria esse local? Porque ano passado conseguiram fazer aquela lambança ambiental e com nosso dinheiro porque rendeu uma multa de R$ 50 milhões pelo despejo dos entulhos da própria enchente de 2022 em área de preservação às margens da BR-040, na área conhecida como Fazendinha, na Fazenda Inglesa. Desta vez a gente quer saber com antecedência qual é o local do bota-fora. E se for particular também é bom saber quanto vai custar.
Deixou a desejar
Ao completar um ano da morte de 233 pessoas e às vésperas de mais nove perdas que ocorreram no dia 20 de março, o governo do Estado não entregou oficialmente nenhuma das obras de sua responsabilidade na cidade, nem mesmo a Washington Luiz, liberada para o tráfego. A exceção foi a reforma do prédio da 105ª DP, no Retiro, que ninguém sabe porque levou 12 meses para estar pronta. E Claudio Castro, que iniciou passando muita segurança ao combalido petropolitano, acabou não correspondendo nesta data emblemática.
Parcerias na saúde
E a prefeitura mesmo com boas notícias para dar anda comendo mosca. Foram assinados passos importantes na saúde com parceiros. Um deles é a implantação do tratamento clínico de glaucoma pela Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da Faculdade de Medicina. Também foram feitos convênios com o Grupo de Pacientes Artríticos de Petrópolis, o Gruparj e o Gaape, Grupo Amigos dos Autistas de Petrópolis. Todas as iniciativas foram deliberadas pelo Conselho de Saúde.
Coloca na pauta!
E ainda sobre a reunião do Conselho Municipal de Trânsito – que pautou apenas a expansão do crescimento do transporte coletivo clandestino na cidade – deixou de fora o levantamento feito pelo vereador Hingo Hammes que aponta irregularidades em 52 ônibus. Também podia incluir na próxima a ocupação de cargos na CPTrans que deveriam ser de especialistas por gente não qualificada.
Podia ser pior
Falando nisso, a Comissão de Transporte Público e Mobilidade Urbana da Câmara de Vereadores, presidida por Hammes, anunciou que encontrou 52 ônibus com o licenciamento atrasado durante fiscalização realizada semana passada em pontos de embarque e desembarque de passageiros. Que bom! Pelo menos encontrou os ônibus. Nós, usuários, nem sempre damos essa sorte. Às vezes ficamos horas tentando encontrar algum.
R$ 240 mil para os blocos
Se a prefeitura tivesse, desde o início, anunciado que não haveria Carnaval oficial na cidade hoje não precisaria estar ‘esclarecendo’ a questão enfatizando sobre R$ 240 mil liberados para os blocos, conforme antecipamos aqui. Mas com medo de desagradar o povo da folia ficaram se amarrando em anunciar que não haveria festejo oficial, mas que seria dado aporte financeiro. Agora, aguenta.
Esqueceram de mim
A rua paralela à Lopes Trovão – descida ao lado do posto policial do Alto da Serra – não oferece acessibilidade. Tá ruim para cadeirante e pedestre sem deficiência. Asfaltaram a rua, mas esqueceram da calçada. Moradores de lá pediram para a gente dar esse recado à prefeitura e governo do Estado.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br