• Um 1º de maio sombrio

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 01/05/2019 13:00

    Mais um 1º de Maio em que os trabalhadores não têm qualquer motivo pra comemorar. Esta tem sido a tônica nos últimos anos e não há perspectiva de melhora, pelo contrário. Os retrocessos políticos e sociais impostos pelo consenso conservador entre as classes dominantes que ora permeia o país são prova disso, com a destruição da legislação social e trabalhista, o avanço das privatizações e a ameaça crescente de grupos fascistas amparados pelo poder.

    Estamos em meio à barbárie produzida pela excludente sociedade capitalista, que em função da impossibilidade de resolver suas crises periódicas, chamando sempre os trabalhadores ao sacrifício, acirra suas próprias contradições e abre espaço para explosões sociais. Cabe ao Estado democrático de Direito, sustentáculo do regime burguês, tratá-los com a habitual repressão e criminalização. Foi tal conjuntura que possibilitou a ascensão de grupos anacrônicos como os do atual Presidente da República e as hordas protofascistas que o seguem como uma clientela.

    Os trabalhadores não podem esperar nada de positivo deste governo que não mais ataques aos direitos que lhes restam, como a aposentadoria. E para isso é preciso unidade, coesão e disposição para resistência e luta nos sindicatos, nos espaços de moradia, trabalho e estudo. Não apenas direitos conquistados por duras lutas pelos que nos antecederam nos estão sendo tirados, mas também o legado para as futuras gerações que é nossa obrigação, como classe, defender.

    Nós, trabalhadores, não devemos ser lembrados pela História como meros coadjuvantes de nossa espoliação, mas como protagonistas na luta contra as crescentes desigualdades socioeconômicas geradas pelo capitalismo, que dentre tantos outros inimigos, destaca-se como o principal a ser combatido.

    Últimas