O atleta Ulan Galinski, de 25 anos, foi convocado para integrar a equipe brasileira de Mountain Bike (MTB) nas Olimpíadas de Paris 2024. A definição foi divulgada na última terça-feira (04). Baiano, filho de uma brasileira e um francês, o jovem talento corre pela Equipe Caloi Henrique Avancini Racing e é considerado um pupilo do campeão petropolitano. Sua preparação para os jogos, inclusive, deve ocorrer em Petrópolis.
Em entrevista à Tribuna, Galinski conta que, mais que os resultados, também pretende aproveitar a experiência. Para ele, competir de forma leve, com uma boa preparação, pode o levar a surpreender o mundo. “Quero aproveitar e absorver o máximo que essa experiência pode me oferecer. É um sonho de criança, é algo que não acontece todo dia na vida de um atleta”, contou.
Os treinos começaram no final de outubro, para concretizar a vaga, apesar do ciclo olímpico ter começado há dois anos. Antes de focar totalmente nas olimpíadas, Galinski ainda pretende competir as copas do mundo de MTB na Itália e na Suíça. “Acho que é muito importante eu manter o contato competindo com os melhores do mundo e, depois disso, a gente vai começar essa preparação olímpica”.
Galinski é considerado um pupilo de Henrique Avancini e está há cinco anos trabalhando com o campeão. Neste tempo, também recebe o apoio de toda a equipe. O atleta considera que o objetivo das Olimpíadas não é apenas dele, mas, de todo o bastidor.
“Quatro anos que esse sonho se tornou um objetivo e dois anos que iniciamos o ciclo olímpico. E de lá para cá, foram tantas emoções, renúncias, momentos bons, de dúvidas, de alegrias, mas sempre mantendo a esperança, a cabeça erguida, os pés no chão, buscando evoluir e pouco a pouco, a gente foi galgando em busca desse objetivo”, contou.
O coração de Galinski também é cheio de gratidão ao mestre Avancini. “A característica que mais admiro no Henrique é o ser humano que ele é, a mentalidade e resiliência que ele tem”.
“Sem dúvida alguma, foi peça fundamental na conquista dessa vaga olímpica. E segue nessa missão de me auxiliar e ajudar. É um cara que eu posso estar sempre contando e vem me ajudando bastante agora nessa preparação olímpica. É um cara que não sabe apenas a parte teórica, mas viveu a parte prática, sentiu quase tudo o que estou sentindo, ou possa sentir, na minha preparação”, concluiu sobre o treinador.