Turma de voluntários se forma para atuar em casos de desastres naturais

No último domingo (11), mais uma turma se formou para atuar em casos de desastres naturais em curso promovido pelo Grupo Especializado em Busca e Salvamento em Desastres Naturais (GEDEN), em Petrópolis. Foram três meses de curso com aulas práticas e teóricas, além de simulação de uma grande calamidade.

Segundo o organizador, Neném Peixoto, o objetivo é que a turma possa atuar em várias vertentes como: resgate de todas as áreas, na psicologia do desastre, posto de comando, comunicação de emergência e gerenciamento de abrigo.

“Não temos como mensurar o que essas pessoas representam. O que dizer de pessoas que dedicam parte da sua vida para se qualificarem e poderem ajudar em caso de sinistro com rapidez e sabedoria aquela pessoas que mais precisarem?! Sabemos que nesses casos o tempo faz a diferença entre a vida e a morte, por isso treinamos semanalmente há vários anos. Essa dedicação toda tem dois nomes: amor e solidariedade. Nada no mundo é mais forte que o coração de um voluntário”, afirma Peixoto.

O simulado do curso acontece dentro das comunidades do Contorno e no espaço conhecido como Fazendinha, na BR 040. No curso participaram 28 pessoas vindas de diferentes localidades. Atualmente, o GEDEN está em Três Rios, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Niterói, São Gonçalo, Teresópolis, Paraíba do Sul, São José do Vale do Rio Preto, Areal e, também, fora do Estado do Rio, como em Jundiaí, Curitiba e Joinville. Além dos 28 novos membros, o grupo conta com 19 alunos já avançados que participaram de outros cursos.

Andresa Naide é moradora do Chácara Flora e participou da última turma. Para ela, o curso foi uma experiência única. “Aprendemos que temos que ter compaixão e união, pois ninguém fica para trás. Quando há um desastre é muito devastador e damos mais valor à vida. O curso me ajudou a me sentir preparada, para que caso aconteça algo, eu possa ajudar. O GEDEN me deu todo o suporte para conseguir cumprir as tarefas necessárias para ajudar outras pessoas. Além de conseguir conhecer os limites do corpo e da questão emocional”, afirma.

“Aprendemos a nos adaptar ao escuro, que nosso corpo quando está sem alimento, ele se alimenta da energia do nosso corpo. Nunca estamos sozinhos, sempre estamos acompanhados”, disse Caio Domingues, morador de São Gonçalo, aluno do curso e coordenador do GEDEN na cidade fluminense.

No curso foi realizado um acampamento onde foi feito comida a lenha. Além disso, o grupo aprendeu como conseguir água através das plantas, escavação terrestre e aquática, nós e amarras, como identificar um princípio de tromba d’água e deslizamento. “Vou levar o conhecimento do curso e o valor humanitário para minha cidade. Levarei também o nosso lema: ninguém fica para trás”, conclui Caio.