Túnel Extravasor: início da segunda etapa das obras ainda não tem previsão
Após conclusão da primeira parte das obras do Túnel Extravasor, no final de março, a segunda etapa das obras no local ainda não tem data para início. De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Cidades (SEIC), a segunda fase ainda segue para etapa final de aprovação do processo licitatório.
Leia também: Primeira fase de obras do Túnel Extravasor é concluída
A obra visa a reforma estrutural do Túnel Extravasor, que desvia as águas do Rio Palatino para o Rio Piabanha. A galeria possui quatro metros de altura por quatro metros de largura e 3,2 km de extensão. O investimento da primeira parte das obras foi de R$ 74,12 milhões.
O Governo do Estado informou que a segunda parte das intervenções do Túnel Extravasor incluiria as obras nas comportas do túnel, jateamento de concreto para proteção em volta das paredes e no teto e concretagem no fundo do túnel.
Desapropriação terreno Quissamã
Hélito Fráguas, vice-presidente da Associação de Moradores da Rua do Túnel, diz que, da primeira parte das obras, faltou a concretagem dos fundos, não realizada devido às chuvas e por conta dos terrenos que ainda não passaram pelo processo de desapropriação, que é de responsabilidade do município. Os terrenos ficam localizados no desemboque do Túnel Extravasor e na Rua Quissamã.
Hélito recorda que, nos anos de 1965, 2011, 2015 e 2019, houve inundações na Rua do Túnel. Tudo isso por conta de um imóvel na Estrada da Saudade, número 1.188, que há anos causa problemas. O objetivo é o de ampliar o fluxo de água na localidade com a retirada do imóvel.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) solicitando à Prefeitura a desapropriação do imóvel. Procurada, a Prefeitura informou que a desapropriação de um terreno no Quissamã já foi concluída e a outra, já foi autorizada e está em andamento.
Estado e município não dialogam
Outro ponto citado pelo morador que, desde o início, tem mostrado protagonismo nas ações que envolvem a região, é que o Estado e o município não dialogam.
“Para essa segunda etapa, será necessário fazer algumas desapropriações, tem várias coisas a serem feitas para ter uma continuação dessas obras. O processo licitatório, geralmente, demora 90 dias, então não tem um prazo exato para o início dessas obras e isso deixa a gente assustado, sim”, conta.
O representante ainda lembra que as obras emergenciais têm um prazo de durabilidade, uma espécie de garantia, de cerca de um ano. “Caso não façam a concretagem, esse material será perdido”, finaliza.