• Tudo pronto para a Brasil Game Cup

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  • 03/04/2017 14:05

    Com menos de uma semana para a estreia da Brasil Game Cup, que ocorre nos dias 7,8 e 9 de abril, no Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova, no Rio, a Tribuna conseguiu um espaço muito concorrido para um rápido bate-papo com ninguém menos que o anfitrião do evento, Marcelo Tavares, empresário e jornalista brasileiro. Especialista em jogos eletrônicos, é também colecionador de games, possuindo um dos maiores acervos de jogos do Brasil e criador da Brasil Game Show, maior feira de games da América Latina, realizada desde 2009.

    Tribuna: A BGS hoje, é sinônimo de sucesso junto ao público que a acompanha. Nestes 10 anos de realização, como o Sr. define a trajetória da BGS até aqui? 

    Tenho muito orgulho da trajetória da BGS até aqui e considero que ainda há muito por vir. O evento era um sonho de infância e foram algumas tentativas até chegar na Brasil Game Show que o grande público conhece. Nessas dez edições, vimos o mercado de games mudar bastante no Brasil, grandes empresas chegarem aqui e a base instalada de consoles e PCs crescer absurdamente.

    A BGS foi importante para o amadurecimento desse mercado, já que as grandes publicadoras de games e fabricantes de consoles viram no evento o interesse que o público brasileiro tem por seus produtos. Alguns anos após a primeira edição, o evento segue crescendo, tanto em público, quanto expositores, atrações e até mesmo em praças, já que esse ano trouxemos a Brasil Game Cup para o Rio de Janeiro.

    Estamos com uma expectativa muito boa para este novo evento, que, além de muitas atrações, trará campeonatos de e-Sports (esporte eletrônico), que é uma grande tendência de mercado. Além disso, fazer um evento no Rio de Janeiro, berço da BGS, é muito prazeroso para mim. Quero que os gamers do Rio tenham a oportunidade de conhecer, aqui, um pouco do que oferecemos na BGS, em São Paulo – já que BGC Rio trará muitas atrações que oferecemos lá. Entre elas, posso destacar :

    Cosplay Zone Kinoplex – palco para concursos de cosplayers com premiações diárias

    Evolução do Videogame – exposição com dezenas de consoles que representam cada uma das oito gerações dos videogames

    Campeonato Retrô – torneios de jogos clássicos para o público participar

    Arena Free Play – área com PCs e 50 máquinas arcade para gamers jogarem à vontade

    Área Indie – espaço dedicado aos desenvolvedores independentes e que terá estandes de estúdios brasileiros

    Indie Meeting – área exclusiva para apresentações e palestras dos indies participantes

    Meet & Greet – local em que fãs poderão encontrar ídolos do universo dos games, pegar autógrafos e tirar fotos       

    Brasil Game Jam – competição em que estudantes universitários ou de cursos livres relacionados a games terão 48 horas para criar um jogo

    Loja Oficial – com milhares de produtos licenciados da BGC e da BGS

    Mas também teremos novidades, como a Drone Racing, espaço onde serão realizados campeonatos de drones e exposição de aparelhos. Além disso, teremos Showmatches – partidas de Hearthstone, o jogo gratuito de cards da Blizzard, e, é claro, as finais de campeonatos de e-Sports – com partidas decisivas entre times profissionais de Counter Strike: Global Offensive, Dota 2 e Overwatch.

      

    Tribuna: Em 2012, a BGS saiu do RJ, migrando para SP. Quais foram os fatores que o levaram a tomar tal decisão? 

    A mudança foi necessária porque o evento cresceu bastante e precisávamos estar mais próximos das empresas que patrocinam e expõem na BGS, cujos escritórios ficam em São Paulo. Era mais simples a BGS ir até as empresas do que todas elas virem até o Rio. Além disso, também pesou a estrutura oferecida pela capital paulista – em termos de fornecedores e de espaço.

    De qualquer forma, voltar ao Rio era uma grande vontade. Queríamos estar próximos dos cariocas, que acompanharam o início de tudo, e agora a Brasil Game Cup está aqui, com diversas atrações e campeonatos.

     

    Tribuna: Obviamente, em seu relacionamento com parceiros, expositores e patrocinadores cresceu e estreitou-se durante este período. Existe algum caso de alguma marca (citando nome ou não), que obteve crescimento junto ao público por estar diretamente associada à BGS? Como se deu este fato?

    Felizmente, tivemos muitos casos assim. Fico muito feliz em poder afirmar que alguns indies, por exemplo, tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos e publicar seus jogos após a participação no evento. A feira oferece uma oportunidade muito grande de networking e possibilita que empresas que ainda estão ingressando no mercado estejam ao lago de algumas das principais marcas do cenário.


    Tribuna: A BGS tem sempre a preocupação de atender o seu público, procurando dar passos além de um evento de games, trazendo conteúdo de suma importância em sua realização, como palestras e workshops com desenvolvedores de grandes nomes da indústria. A partir de que ponto o Sr. entendeu que além dos gamers, existia um outro tipo de público, voltado para a obtenção de conhecimento e conteúdo, que poderiam tornar-se novos desenvolvedores do gênero ? Foi uma proposta interna ou pedido do público?

    A BGS procura crescer e melhorar a cada ano. Estamos em constante evolução e sempre pensando em maneiras de atender os desejos do público do evento. Por isso, essas mudanças aconteceram naturalmente. Posso citar como exemplo a Área Indie, que começou com um espaço pequeno e três anos depois já contava com mais de 100 estandes e com a Indie Meeting, que, como você citou, é um espaço para palestras e troca de informações sobre o desenvolvimento de jogos eletrônicos.  Essas atrações foram tão bem recebidas pelo público e pelo mercado que também estão na Brasil Game Cup, aqui no Rio de Janeiro.

     

    Tribuna: O evento hoje é conhecido como o maior do ramo na América Latina. Em que momento o Sr. se deu conta da enormidade e da revolução que havia criado com a realização da BGS ? 

    Percebi, à medida que as maiores empresas do mundo dos games passaram a participar do evento, a trazer grandes produtores e a fazer anúncios importantes aqui. O público brasileiro sempre gostou de games, sempre quis estar próximo dessas empresas e quando isso aconteceu o sucesso foi rápido. Nas últimas duas edições do evento superamos a marca de 300 mil visitantes. São números expressivos que nos deixam muito satisfeitos e orgulhosos porque, de alguma forma, atrai o olhar da indústria para o nosso país.

     

    Tribuna: Como o Sr. enxerga a produção de games no país ? Falta incentivo do governo para que essa produção se torne mais popular e para que se possa se tornar um atrativo para a indústria de games mundial? 

    A indústria de desenvolvimento de jogos no Brasil tem crescido e percebemos isso na própria BGS, não apenas pela quantidade de expositores nacionais na área indie, mas também por ver jogos brasileiros nos estandes de marcas como PlayStation e Xbox. O brasileiro é muito bem visto pelo mercado internacional, é reconhecido por sua criatividade, mas sabemos que muitos talentos deixam o Brasil para tentar carreira em outros mercados que ainda pagam mais e dão maiores perspectivas de uma carreira de sucesso. Acredito que com o tempo o Brasil vai ampliar o seu mercado desenvolvedor.

     

    Tribuna: Grandes desenvolvedores de jogos fazem questão de trazer os principais títulos e lançamentos com exclusividade para o público na BGS. Dentre estas ações, qual foi a que mais marcou em sua opinião? Há alguma experiência que não obteve o sucesso esperado ?

    Entre outros que recebemos no evento, posso destacar títulos como Horizon Zero Dawn, Recore, Gwent: The Witcher Card Game, Resident Evil 7, For Honor, Ghost Recon: Wildlands, além de dezenas de indies apresentados na feira. Felizmente, sempre tivemos um retorno fantástico do público e os games fizeram muito sucesso no evento.

     

    Tribuna: Entrando na área dos E-sports, gostaríamos de saber como o Sr. avalia este fenômeno no país, com a profissionalização do gênero? Quais pontos favoráveis o Sr. vê com tal proposta, e quais os pontos negativos?

    A BGS incentiva o mercado dos esportes eletrônicos e vê muito potencial nesse nicho, tanto é que além da BGC, que acontece dentro da BGS, nós levamos o evento para o Rio, em uma edição independente, que dá bastante destaque ao cenário competitivo. O brasileiro adora esporte e adora game, é uma combinação perfeita. Ainda mais em um momento que a oferta de jogos desse tipo está em alta, com bastante variedade e qualidade.

     

    Tribuna: Qual ponto foi predominante na decisão de promover este rodízio da BGC fora da BGS? 

    A Brasil Game Show continuará sendo realizada em São Paulo. A novidade é que levamos a Brasil Game Cup para o Rio, como um evento independente, em outra data.

    Essa decisão foi tomada basicamente para atender um público enorme e fanático que é o carioca. A BGS começou no Rio, nosso escritório fica em Niterói e nada mais natural do que estar aqui também.

     

    Tribuna: Deixe uma mensagem para o público comparecer à BGC.

    Quero convidar todo mundo a visitar a Brasil Game Cup entre 7 e 9 de abril, no Centro de Convenções SulAmérica. Será o primeiro evento da Brasil Game Cup fora da BGS e a estreia no Rio de Janeiro.

    A BGC é um evento com competições nacionais de e-Sports, mas é muito mais do que isso. É um evento de games com atrações para todos os públicos, ou seja, para quem quer assistir aos jogos profissionais, quem quer jogar os games atuais ou se divertir com antigos, quem gosta de máquinas arcade, quem quer conhecer a história dos videogames, participar de campeonatos de cosplay, ver corridas de drones etc. Temos certeza que serão três dias muito divertidos e esperamos contar com a presença de todos.

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