• Trump retoma comícios com velha fórmula e queixas sobre 2020

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  • 27/06/2021 14:29
    Por Beatriz Bulla, correspondente / Estadão

    Cinco meses após deixar a Casa Branca derrotado nas urnas, Donald Trump fez na noite deste sábado, 26, seu primeiro comício político a uma multidão de admiradores no interior de Ohio e prometeu que seu movimento “está longe de ter acabado”. O ato inaugura uma série de outras aparições públicas já programadas pelo republicano: um evento semelhante na Flórida no próximo fim de semana, uma visita à fronteira com o México e, em breve, uma ida à Geórgia.

    Desta vez, a campanha não é apenas contra democratas, mas essencialmente para derrotar republicanos no Congresso que se voltaram contra ele no fim de sua presidência, o que fez com que a volta aos palcos passasse a ser chamada extraoficialmente de “turnê da vingança”. Trump quer ver derrotados os deputados republicanos que votaram contra ele no processo de impeachment aberto após o ataque ao Capitólio, em janeiro. Além da revanche, o ex-presidente pretende mostrar, assim, sua força política junto à base republicana.

    “Na verdade, nossa luta apenas começou”, disse aos admiradores. “Vamos tornar a América poderosa de novo, rica de novo, orgulhosa de novo, segura de novo e nós tornaremos a América grande de novo”, disse Trump, ao reciclar seu lema de campanha e encerrar um discurso de mais de mais de 1 hora e 30 minutos.

    Trump repetiu sua antiga fórmula: disse que a esquerda radical pode acabar com o país, atacou a imprensa, os democratas, os imigrantes, defendeu policiais e voltou a queixar-se falsamente sobre a eleição do ano passado. “Eu não sou a pessoa a tentar destruir a democracia americana, eu sou o que está tentando salvar a democracia americana”, disse, após repetir desinformações sobre a votação de 2020 e dizer que ganhou a disputa eleitoral contra Joe Biden. O democrata recebeu 7 milhões de votos a mais do que o republicano. Os advogados do ex-presidente nunca conseguiram comprovar nas cortes americanas a narrativa de fraude eleitoral.

    O evento não serve só para apoiar aliados e atacar adversários do próprio partido na disputa para as eleições legislativas de 2024, mas também para colocar Trump de novo na cena política. Banido das plataformas de redes sociais depois de divulgar mentiras sobre a eleição e incitar o ato que culminou na invasão do Capitólio em janeiro, Trump perdeu as plataformas que usava para se comunicar virtualmente direto com seu público. Os eventos devolvem a Trump a proximidade com o eleitorado.

    A “prioridade número um” dos republicanos, disse Trump, deve ser garantir ao partido uma “vitória gigante” na disputa de 2022 – que pode tirar os democratas do domínio do Congresso – e de 2024. “Vamos recuperar a Câmara e vamos recuperar o Senado e iremos recuperar os Estados Unidos”, disse.

    Em Ohio, o ex-presidente fez campanha para Max Miller, um republicano que vai disputar as prévias do partido contra Anthony González – um dos dez deputados republicanos a votar contra Trump no segundo processo de impeachment analisado pela Câmara durante o mandato do ex-presidente. A acusação foi aprovada na Câmara, que entendeu que o presidente incitou a insurreição contra o Capitólio em 6 de janeiro, mas acabou barrada pelo Senado graças ao voto dos republicanos. Sobre González, Trump disse que o deputado é um “republicano falso”.

    No seu primeiro contato com o público em um ato eleitoral, Trump criticou as políticas doméstica e externa de Biden. Durante os trinta minutos iniciais de seu discurso, ele abordou a onda de violência nas cidades americanas e o aumento de imigração, como problemas causados pelos democratas. O fluxo recorde de imigrantes na fronteira tem sido a principal crise do governo Biden. O aumento dos homicídios com arma de fogo no país também preocupa os democratas e fez a Casa Branca lançar nesta semana um pacote de medidas para tentar conter o problema, com foco no maior controle no acesso a armamento.

    “Polícias não são mais permitidas a fazer seu trabalho”, afirmou Trump, ao relacionar a questão da violência a um suposto desmantelamento dais departamentos policiais que, segundo republicanos, é consequência das cobranças de eleitores democratas por mudanças na corporação.

    Ao falar sobre imigração, Trump usou um expediente antigo e associou imigrantes a criminosos. “Assassinos estão entrando e essas pessoas horríveis”, disse.

    De 20 de janeiro, quando deixou a Casa Branca, até este sábado, Trump havia feito dois discursos públicos: um na conferência conservadora CPAC e outro em uma convenção republicana na Carolina do Norte. Mas Trump é conhecido não pelos eventos fechados à cúpula partidária e sim pelos atos com ares de campanha eleitoral, nos quais a plateia vibra cada vez que o discurso do republicano se torna mais radical. Foi assim em Wellington, Ohio.

    Muitos dos presentes traziam nas camisetas referências à narrativa falsa de que houve fraude na eleição americana de 2020 e que Joe Biden foi eleito de forma ilegítima. “Joe não é meu presidente” e “Trump ganhou” são algumas das referências mais comuns nas roupas dos apoiadores. “Trump ainda é o meu presidente”, afirma Josh Basham, de 36 anos, que usava uma camiseta vermelha na qual o slogan do ano passado “Trump 2020” deu lugar a um “Trump 2021”.

    Cinco meses após deixar a Casa Branca derrotado nas urnas, Donald Trump fez na noite deste sábado, 26, seu primeiro comício político a uma multidão de admiradores no interior de Ohio e prometeu que seu movimento “está longe de ter acabado”. O ato inaugura uma série de outras aparições públicas já programadas pelo republicano: um evento semelhante na Flórida no próximo fim de semana, uma visita à fronteira com o México e, em breve, uma ida à Geórgia.

    Desta vez, a campanha não é apenas contra democratas, mas essencialmente para derrotar republicanos no Congresso que se voltaram contra ele no fim de sua presidência, o que fez com que a volta aos palcos passasse a ser chamada extraoficialmente de “turnê da vingança”. Trump quer ver derrotados os deputados republicanos que votaram contra ele no processo de impeachment aberto após o ataque ao Capitólio, em janeiro. Além da revanche, o ex-presidente pretende mostrar, assim, sua força política junto à base republicana.

    “Na verdade, nossa luta apenas começou”, disse aos admiradores. “Vamos tornar a América poderosa de novo, rica de novo, orgulhosa de novo, segura de novo e nós tornaremos a América grande de novo”, disse Trump, ao reciclar seu lema de campanha e encerrar um discurso de mais de mais de 1 hora e 30 minutos.

    Trump repetiu sua antiga fórmula: disse que a esquerda radical pode acabar com o país, atacou a imprensa, os democratas, os imigrantes, defendeu policiais e voltou a queixar-se falsamente sobre a eleição do ano passado. “Eu não sou a pessoa a tentar destruir a democracia americana, eu sou o que está tentando salvar a democracia americana”, disse, após repetir desinformações sobre a votação de 2020 e dizer que ganhou a disputa eleitoral contra Joe Biden. O democrata recebeu 7 milhões de votos a mais do que o republicano. Os advogados do ex-presidente nunca conseguiram comprovar nas cortes americanas a narrativa de fraude eleitoral.

    O evento não serve só para apoiar aliados e atacar adversários do próprio partido na disputa para as eleições legislativas de 2024, mas também para colocar Trump de novo na cena política. Banido das plataformas de redes sociais depois de divulgar mentiras sobre a eleição e incitar o ato que culminou na invasão do Capitólio em janeiro, Trump perdeu as plataformas que usava para se comunicar virtualmente direto com seu público. Os eventos devolvem a Trump a proximidade com o eleitorado.

    A “prioridade número um” dos republicanos, disse Trump, deve ser garantir ao partido uma “vitória gigante” na disputa de 2022 – que pode tirar os democratas do domínio do Congresso – e de 2024. “Vamos recuperar a Câmara e vamos recuperar o Senado e iremos recuperar os Estados Unidos”, disse.

    Em Ohio, o ex-presidente fez campanha para Max Miller, um republicano que vai disputar as prévias do partido contra Anthony González – um dos dez deputados republicanos a votar contra Trump no segundo processo de impeachment analisado pela Câmara durante o mandato do ex-presidente. A acusação foi aprovada na Câmara, que entendeu que o presidente incitou a insurreição contra o Capitólio em 6 de janeiro, mas acabou barrada pelo Senado graças ao voto dos republicanos. Sobre González, Trump disse que o deputado é um “republicano falso”.

    No seu primeiro contato com o público em um ato eleitoral, Trump criticou as políticas doméstica e externa de Biden. Durante os trinta minutos iniciais de seu discurso, ele abordou a onda de violência nas cidades americanas e o aumento de imigração, como problemas causados pelos democratas. O fluxo recorde de imigrantes na fronteira tem sido a principal crise do governo Biden. O aumento dos homicídios com arma de fogo no país também preocupa os democratas e fez a Casa Branca lançar nesta semana um pacote de medidas para tentar conter o problema, com foco no maior controle no acesso a armamento.

    “Polícias não são mais permitidas a fazer seu trabalho”, afirmou Trump, ao relacionar a questão da violência a um suposto desmantelamento dais departamentos policiais que, segundo republicanos, é consequência das cobranças de eleitores democratas por mudanças na corporação.

    Ao falar sobre imigração, Trump usou um expediente antigo e associou imigrantes a criminosos. “Assassinos estão entrando e essas pessoas horríveis”, disse.

    De 20 de janeiro, quando deixou a Casa Branca, até este sábado, Trump havia feito dois discursos públicos: um na conferência conservadora CPAC e outro em uma convenção republicana na Carolina do Norte. Mas Trump é conhecido não pelos eventos fechados à cúpula partidária e sim pelos atos com ares de campanha eleitoral, nos quais a plateia vibra cada vez que o discurso do republicano se torna mais radical. Foi assim em Wellington, Ohio.

    Muitos dos presentes traziam nas camisetas referências à narrativa falsa de que houve fraude na eleição americana de 2020 e que Joe Biden foi eleito de forma ilegítima. “Joe não é meu presidente” e “Trump ganhou” são algumas das referências mais comuns nas roupas dos apoiadores. “Trump ainda é o meu presidente”, afirma Josh Basham, de 36 anos, que usava uma camiseta vermelha na qual o slogan do ano passado “Trump 2020” deu lugar a um “Trump 2021”.

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